É certo, não morri… Mas
não sei se o meu trabalho não me tira anos de vida…
Se houve alturas da minha
vida profissional em que tinha mais tempo livre, em que morava perto do local
de trabalho e não valorizava esta última hipótese, hoje o tempo não me chega
para nada. É certo que estou a trabalhar numa das mais bonitas e modernas zonas
de Lisboa, a Expo, mas isso significa que estou fora de casa 12h… Eu e o
Carlos, claro. O tempo passa a correr, os fins de semana não chegam para nada,
o Natal, o Ano Novo, tudo passa como um raio de luz e de repente já estamos na
Páscoa… Olho para o blog e vejo que a última vez que escrevi foi em Setembro.
Como passou o tempo tão rapidamente? É angustiante…
Nesta faixa de tempo,
aconteceram coisas muito boas e outras assim, assim. Más, nem por isso,
felizmente.
Celebrámos os nossos
aniversários em Fevereiro, com a particularidade de termos mais uma pessoa a
fazer anos nesta altura e no mesmo dia que eu. Que mês… De tal forma é, que
optámos por dividir em dois fins de semana a celebração: um com a família do
Carlos e uns amigos da aldeia onde vivemos (o mundo é muito pequeno e estes
nossos amigos conhecem os primos do Carlos…) e outro com a minha família. Este último
não correu muito bem, porque apanhei gripe e fiz o favor de transmitir a toda a
gente. Não gosto de usufruir destas coisas sozinha, ah! Ah! Ah!...
A Leonor já fez um ano
(faz 15 meses para a semana), já anda (e cai também), diz muitas palavras, a
maior parte só se decifra com dicionário que só ela conhece, mas já diz “Vó”…
Está uma giraça, com um mau feitio muito parecido com… Com quem? Comigo mesmo.
Quando não quer, não há nada a fazer… Este fim de semana passou a manhã de
Domingo comigo e com o Carlos, porque os pais foram fazer a mini maratona. Teve
umas “saídas” espetaculares: assim que ouviu o sino da igreja a dar as horas, perguntou
“quem é?” como se estivessem a tocar à porta. Levamo-la a visitar uma horta
biológica onde também tem animais e foi o delírio… Até corria. Mas o melhor
mesmo foi mexer na terra. Não sei que fascínio tem ela por agarrar pedrinhas e
terra, mas já no parque infantil fez a mesma coisa. Tem sido uma alegria na
família…
Quanto a “trabalhos
forçados”, pouco ou nada temos feito, porque o tempo disponível não permite.
Antes do Natal, ainda ficámos um dia em casa para fazermos e colocarmos as
portas dos quartos que há um ano esperavam por elas… Era uma vergonha ter a
casa cheia no Natal e os quartos não terem privacidade. Não era nossa intenção fazer
de novo, mas sim aproveitar e recuperar as que existiam. Uma delas ainda se
conseguiu, mas a outra estava toda podre. Optámos por fazer duas portas novas,
do tipo casa de aldeia, com ferragens pretas. Ficaram exatamente como
queríamos… A que conseguimos recuperar, vai ter aproveitamento na mesma, vai
servir para substituir a horrível porta da wc velha quando fizermos lá as
obras, que é daquele alumínio maravilhoso cor de prata…
O nosso próximo objetivo
é em Maio, acabar tratar o páteo descoberto das traseiras, onde queremos fazer
o barbecue, o forno a lenha e colocar chão. Também é desta que fazemos as obras
de recuperação da “casa da burra”… Como não temos tempo, combinámos com o
Norberto que vai estar a trabalhar para nós durante o mês de Maio. Só se vai
embora quando estas coisas estiverem prontas. Mas até lá, temos que pintar a
casinha do páteo da frente, que, para além de lavandaria, também vai servir
para arrecadação, onde iremos colocar algumas da tralha que está na “casa da
burra”. Com a preguicite com que andamos, vai chegar o mês de Maio e não temos
nada feito… Logo se vê…
E não é que não tenhamos
já tido uns dias de férias… No final de Janeiro rumámos a terras de Fidel, com
o intuito de ver aquele país ainda sob as marcas do embargo económico. Eu já
conhecia Havana, adorei voltar e o Carlos gostou imenso. O programa incluía 5
dias em Varadero, mas o S. Pedro esteve do contra e mandou-nos uma frente fria…
Também diga-se de passagem que não foram as melhores praias que já vi e aquela
“cena” da pulseirinha… Não faz muito meu género… Na praia, parecia que estava na
Nazaré, só não se falava portugês… Um montão de gente a fazer barulho… Enfim,
coisas de quem não ganha o euromilhões (mas também não joga…). Visitámos
Trinidad, maravilhosa cidade património mundial, onde se preservam os edifícios
e se mantem as traças originais. Pena que em Havana não se faça o mesmo. Que
cidade ainda mais bonita seria…
E para quem ler, uma
Páscoa muito feliz…
Mena e Carlos