Não própriamente a azáfama das compras, porque é só demonstração de consumismo, nem os votos de paz e amor que só se ouvem nesta altura... O que gosto mesmo é das imagens associadas ao Natal e da reunião familiar na noite da consoada. Quanto a esta última, com muita pena minha e pelas mais diversas razões, o número de pessoas tem vindo a diminuir. Sinto saudades dos que faltam e nunca mais poderão estar presentes (Mãe, Tias) e dos que, por imposição da vida, têm presença intermitente.
Tenho saudades dos Natais da minha infância, quando os meus pais e a tia Lurdes se esforçavam por esconder os presentes que eu e a minha irmã, depois de muita procura, conseguíamos encontrar. Na minha infância, quem trazia os presentes era o Menino Jesus (MJ) e não o Pai Natal (PN). A minha mãe deixava sempre um saquinho de bombons em cima da cristaleira para o MJ levar quando viesse deixar os presentes, mas no dia de Natal de manhã quando íamos ver, o saquinho ainda lá estava. A tia Lurdes dizia "Não faz mal, ficam p'ra mim...". Ficava mesmo danada: primeiro porque o MJ se tinha esquecido de os levar e depois porque não comia nenhum... Apanhei uma desilusão muito grande quando percebi que esta coisa do MJ trazer prendas era uma fantasia, de tal modo que, aos meus filhos, nunca disse que as prendas eram trazidas pelo PN ou MJ, mas sim por nós.
FELIZ NATAL
Mena e Carlos
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