quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Férias… Finalmente!

Finalmente uns dias de descanso… Fomos até Norte de Portugal, descansar o corpo e encher os olhos com aquelas paisagens maravilhosas. Que saudades tinha do meu Minho…
Fomos até ao Lindoso, que foi sempre (ou quase…) o nosso ponto de partida. Visitamos em primeiro lugar Barcelos, no dia em que se realiza a “mítica” feira local. Continua o máximo! Ele é fruta, ele é cacos, roupa, cestos, flores, animais, mobília, animação, gente Minhota a dizer aqueles palavrões que fazem parte do vocabulário, tremoços e azeitonas, artesanato, ferreiros, enfim um mundo que revivi… Nos meus tempos de criança não havia verão nenhum que não fossemos com os meus avós à feira de Barcelos e isto foi recordar um pouco esses tempos…
Andámos pelo Gerês, por vilas minhotas e fomos até Santiago de Compostela. No Gerês, para além das paisagens maravilhosas, vimos aldeias com casas em granito, com bois e vacas a passear na estrada, mas a mais bonita foi “Brufe”. Linda! Quem nos dera ter uma casita ali… Visitámos os espigueiros do Soajo, que surpreende pela quantidade, pela beleza do conjunto. Tem o fim de servir a comunidade e ainda hoje é usado…
Santiago já conhecia, mas o Carlos não. Religião à parte, é  um espaço monumental muito bonito. Estava um frio do caraças, já havia gente vestida outonalmente, mas aqui os portuguesinhos iam de manguinha curta e casaquitos leves… Foi de bater o dente… A viagem foi um esticão grande, mas valeu a pena. O pior foi mesmo no regresso: passámos por Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura e quisemos fazer a estrada que liga Paredes a Arcos. A “Leopoldina” mandou-nos pela serra: noite escura, curvas e mais curvas e incêndios… Foi um alívio chegar a Arcos de Valdevez…
No sábado, fomos visitar a que,  para nós, é a vila mais bonita de todas que vimos, Ponte de Lima. Linda de morrer! Estivemos foi pouco tempo porque liguei às minhas tias a dizer-lhes que estava perto e que ia lá depois do almoço. Foi logo uma guerra … “Tens que vir almoçar, se não vieres levamos a mal, etc…” e teve que ser. Foi muito bom. Tinha muitas saudades delas e da minha prima, receberam o Carlos de braços abertos e acabámos por dormir lá em casa de Sábado para Domingo. Por isso, tivemos que ir ao Lindoso e voltar durante a tarde…
Jantámos uns rojões maravilhosos, com a farinheira de tripa de porco que eu adoro e claro que não faltou o belo do creme (leite creme) e do pão de ló (e vinho verde...). Também havia um pudim de café muito bom. Éramos nove à mesa, porque as minhas tias e prima convidaram o Bide e a família para jantar. Foi muito divertido, só tenho pena que o tempo tenha sido tão curto que não deu para ver mais ninguém da restante família. Mas em breve quero lá voltar… Ali estão as minhas raízes, algumas das minhas melhores recordações de infância…
O Domingo era dia de regressar… Apareceu outro dos meus primos que fazia parte da trupe da minha infância/adolescência, o Mingos . Foi uma conversa rápida, porque o tempo era muito curto, mas deu para matar saudades.
Claro que vir e não trazer nada era impossível… Desde vinho a flores, houve de tudo um pouco. Até uma forma de barro que é de fazer pão de ló e que já não era usada… Vai ficar linda no móvel da sala, pois é uma recordação que quero guardar. A propósito, também cravei ao Mingos um pedaço de madeira de carvalho que era do coberto no quintal do meu avô e que vai servir de sustentação à chaminé do forno. Já andávamos à procura de uma coisa destas há muito, mas esta tem outro sabor: quando olhar, vou lembrar que era da casa do “padrinho”  e da “madrinha” (assim como a forma…). E então depois do Carlos o ter lixado…
Claro que também “comprámos” coisas, poucas, diga-se. Como passámos em zonas de castanheiros, andámos a apanhar ouriços de castanhas e ramos de castanheiro, não sem levar umas picadas pelo meio. Também num outro sitio houve uma árvore que me suplicou que trouxesse um raminho e eu não me fiz  rogada… Escondi dentro do casaco, pois não é permitido apanhar (é um tal que tem umas bagas…) e está em incubação. Mas quando chegámos a casa, tínhamos um saco cheio de dióspiros à porta. Como não íamos conseguir consumir, fiz uma tachada de doce…
Agora é tempo de voltar às rotinas… E tempo de bulir com força na casa…
Bjs
Mena e Carlos

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