quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A revolta do… PÓ! Ou o PÓ contra ataca…

Já não sei mais o que fazer para me livrar do pó… Qualquer coisa em que mexemos gera um monte de pó, só que, desta vez, foi demais…
A propósito de querermos pôr um fogão a lenha na cozinha, tivemos que deitar abaixo a parte da lareira onde se fazia o fogo e que, contrariamente ao usual, ficava a cerca de 80cm do chão. Foram alguns m3 de pedras e terra (e cadáveres mumificados de ratos), porque no tempo em que a casa foi construída não se usava cimento, era terra misturada com cal. Enquanto o Carlos partia o espaço, eu ia acartando o entulho: no fim das obras tenho que requisitar um camião TIR para levar o entulho, tal não é o monte que já fizemos…


Claro que isto foi deixando um rasto de pó, mas mal eu sabia o que me esperava… Ao encontrarmos duas pedras enormes que, ainda por cima, faziam parte da parede do fundo da lareira e consequentemente da sala, não sendo por isso possível retirar, pelo que tinham que ser partidas, começou o filme de terror... O Carlos tentou de tudo, dado o treino que já trazia das lajes (inclusive com uma marreta) mas elas estavam teimosas e só restou uma alternativa: cortar as ditas à rebarbadora… Como eu estava a trabalhar, disse-lhe que abrisse as portas e janelas para o pó sair, mas como o menino Carlos é muito “senhor do seu nariz”, não me ouviu e fez o que lhe deu na gana. Resultado? Temos pó nos sítios mais recônditos, nos roupeiros, nos armários nas gavetas... Até a d. Domingas se queixou porque o pó se passou não sei por onde e se depositou em casa dela. Quando cheguei a casa deu-me uma raiva tão grande que só me apeteceu fugir (bater também me apeteceu…). Tenho passado o resto do tempo a limpar, limpar como se não houvesse amanhã… Mas o menino Carlos também teve que se fazer à vida. Isto é para aprender a não ser teimoso! A única vantagem é que fiquei a saber onde tinha teias de aranha…




Apesar deste empoeirado episodio, a obra lá vai andando, a um ritmo lento é certo, mas é o que temos… Depois de mais uma peripécia com a pintura, porque quisemos caiar e a cal não pegou e tivemos que nos render à tinta, já acabámos a despensa e a casa de banho está quase. Claro que isto não é assim tão linear: o tecto da casa de banho e do hall, que forrámos a madeira, começou a ficar às ondas, o que nunca nos aconteceu, o móvel do lavatório foi envernizado e o raio do verniz nunca mais seca, já para não falar no móvel que comprámos nos Emaús para a despensa, com prateleiras e armários, que cabia no comprimento mas que na largura não permitia a abertura da porta da arca. Que seca… Lá tivemos que cortar um dos corpos do móvel… Mas já temos a casa de banho pronta a levar as loiças… YES! Este fim de semana pusemo-las no sitio e ficou muito bem.



Mesmo não tendo feito horta, o Carlos apanhou umas belas nabiças que nasceram de sementes que ficaram na terra. Também os pimentos continuam a dar…
Já percebemos que não vamos ter tudo pronto no Natal. Nem obra nem horta…
Melhores dias virão!
Mena e Carlos

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

S. Martinho

Tinha proibido a família de ir a nossa casa enquanto as obras de construção da casa de banho e despensa durassem, mas como isto se está a arrastar mais do que esperávamos e o S. Martinho calhou ao Domingo, condescendi…
Assim, no passado fim-de-semana juntámo-nos a comer castanhas. O Carlos fez uma das melhores empadas de galinha para o almoço e passámos uma bela tarde. O Miguel assim que entrou classificou o tipo de decoração que temos na sala: decoração cigana!
 Mas penso que gostaram do que viram, embora ainda longe de estar concluído. Até porque eu estou sempre a inventar… Na cozinha temos uma lareira onde antigamente se cozinhava e que raramente acendemos porque defuma mal e aquece pouco. Depois de muito pensar, decidi que tirávamos mais partido dela se instalássemos um fogão a lenha. Se bem o pensei… Já andámos à procura e está mais ou menos decidido sobre qual comprar. Só que antes, há que tirar os “penedos” de dentro do espaço da lareira: neste tipo de lareira o lume não é feito no chão mas a uma altura de quase 1m, o que equivale a dizer que para lá enfiar o fogão temos 1m cúbico de pedra para tirar…
Também a parte eléctrica já está toda alterada. Com a ajuda preciosa do meu colega e amigo Duarte, passamos o contador para a rua e montámos um novo quadro com circuitos melhor definidos.

Quero aqui agradecer ao Duarte o sacrifício de ter subido ao poste para tratar da baixada. E também à Fernanda, a esposa, pela paciência de nos aturar. Ainda por cima trouxeram um coelho para grelhar, com um molho preparado pela Fernanda que estava um espectáculo. Quem tem amigos assim…



O nosso pedreiro, o Norberto, é um ponto. Como todos os artistas desta profissão, está habituado a fazer tudo a régua e esquadro, tudo “certinho direitinho”… Mas na nossa casa o que mais gostamos é de paredes tortas, pedras à vista, madres enviusadas, enfim, exactamente o contrário do que ele está habituado a fazer. Quando lhe dissemos para não esquinar as paredes, foi bonito! “Eu não sei fazer isso assim…”, disse ele e lá se prontificou o Carlos a desfazer as esquinas. Já tínhamos brincado com ele, dizendo-lhe que lhe íamos esconder o nível, ao que respondeu que ia levar as réguas porque na nossa casa não faziam falta… “Não digam a ninguém que fui eu a fazer a janela, olhem a minha reputação…”

Tecto WC com isolante
Chão WC

Portas WC resgatadas do ecoponto

Despensa (ou o tunel como diz a Gê...)

Com as minhas invenções e o tempo que estamos a demorar, estou a ver que chegamos ao Natal e ainda não temos as coisas prontas. Veremos!

Mena e Carlos