quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O encanto do Natal…

Como já antes disse, o Natal encanta-me… As luzes, as cores, o ambiente e sobretudo a reunião familiar com todos os preparativos que a antecedem.
Este ano, o Natal celebrou-se na Ermida. À ceia, éramos cinco e no almoço de Natal, onze. Foi muito bom…

Começamos logo bem, porque a Paula e a Belinha enganaram-se na saída da auto estrada e foram dar um passeio à Tapada de Mafra… Quando chegaram, foi só sentar à mesa e almoçar. Após isso, começamos os preparativos para a ceia e tratámos das iguarias do Natal. A d. Domingas quando entrou na cozinha até disse que parecia uma cozinha de restaurante, tal era a quantidade de coisas que fazíamos. Enquanto isso, o Carlos foi á procura de ramagens para fazer um arranjo para a mesa. Coitado, andou quilómetros, porque lhe deram a indicação que em determinado sitio havia muita verdura, mas foi ao engano… Enfim, foi o que se conseguiu arranjar, mas serviu.
Foi um jantar tranquilo mas muito participado, deixámos tudo pronto para no dia seguinte só ser preciso meter ao forno e aguardámos a meia noite que, para além das prendas, traria também a presença do Mike e do Kiko. Como só chegaram mais perto da 1h, estivemos até depois das 2 da manhã em alegre confusão: papéis, fitas, prendas, música, mais prendas, mais laços, mais comida, enfim, o habitual…


No dia de Natal já com todos reunidos (faltou a Raquel e o Miguel que foram passar o Natal com os pais), foi do melhor. Gente pra cá, comida pra lá, tira talher, põe talher, falta um prato, foi muito bom. Quando a Belinha, a Paula, o Mike e o Kiko se foram embora, saiu a frase emblemática para tornar melhor o que já era tão bom: o Kiko disse que “a casa da Mena passa a ser oficialmente a casa do Natal, vamos fazer o Natal sempre aqui!”  Adorei! E realmente uma casa tão rústica parece mais ligada a esta época. Já antes o Mike tinha dito que gostava tanto da casa que queria ter uma igual nem que fosse mais pequenina.  Realmente estamos muito orgulhosos com o nosso trabalho e muito satisfeitos com as reacções de todos os que vêem o que já fizemos.
A noite acabou a chá de limão e hortelã e pouco mais, porque já estava tudo farto de comida. Os meus meninos forma embora pelas 10h da noite mas sentia-se a alma desta época.
E… Lá se foi mais um Natal…

Boas Festas
Mena e Carlos

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A todos... UM BOM NATAL!

Este ano o Natal vai ser na Ermida... Bem, parte do Natal, porque só estaremos todos juntos no almoço de Natal. Mas vai ser muito bom, seguramente.
Por isso, quero desejar a todos um


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

É Natal, É Natal…

Bom, ainda não é, mas estamos quase lá. Por isso ontem já fizemos a nossa Árvore e enfeitámos a casa. Presépio ainda não temos, mas talvez este fim de semana o faça, porque estou à espera que a minha filha me traga as figuras que ficaram em Santarém. Há já uns anos que não faço presépio, mas este ano está a apetecer-me fazer, primeiro porque é o primeiro Natal com toda a família na Casa da Ermida e também porque a minha filha emprestada (a Cátia, uma colega de trabalho que é da idade dos meus filhos e de quem gosto muito) me  alentou a fazer. Ainda estou indecisa sobre o local onde fazer e se vou pôr musgo ou não… Vamos ver o que sai.



E que temos feito? Horta, pois claro… Já temos mais coisas semeadas, favas, ervilhas, cenouras e agriões e, para além dos alhos,  preparámos terra para cebolas e batatas. Este fim de semana vamos tentar deixar tudo plantado. Ah! E temos uma laranjeira… Tivemos que comprar uma rede para colocar por cima dos canteiros semeados porque os pardais comiam a sementeira. Tanta silva para depenicar e eles viradinhos para as nossas sementes…


Também continuámos com a desmatação do terreno  que é uma mata autentica, pois tem silvas mais grossas que dois dedos meus juntos, que cobrem tudo o que apanham: as árvores tem as copas cobertas por esta praga, por outra espécie de silva que dá umas bagas vermelhas, por hera e pela já famosa flor roxa...  No espaço que ainda não está limpo, não entra o sol está tudo na penumbra. E vamos fazendo descobertas: junto aos maravilhosos muretes de pedra, quando andava a limpar aquela zona descobri que  está a nascer uma planta que, segundo o Carlos,  poderá ser carvalho ou da família e também um pé de cidreira. Tratámos logo de assinalar os espaços, fazendo um circulo com pedras para não haver azar. Temos vários montículos de folhas e raízes que vamos deixar por ali a aboborar para formar composto.


Na parte do terreno mais perto da casa, vamos fazer o jardim e pôr uma casinha de madeira para guardar as máquinas e o que for possível . Estamos à espera que o Aki faça a entrega da dita, mas o Carlos já anda a preparar o local para a colocar. Aí, deixamos alguns pés da silva que dá bagas vermelhas. Vamos pôr uns suportes em cana para a conduzir e controlar. Também já colocámos pedras grandes para fazer um pequeno murete onde vamos plantar rosmaninho e alecrim para fazer uma pequena sebe e também segurar a terra. Acho que vai ficar giro…
Já me tinha esquecido de quanto gosto de andar no meio da terra, das plantas, de as ver crescer…
E andar ao sol de Inverno…
Beijos
Mena e Carlos

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Temos Horta!

Pois é, temos horta. Tem couves, brócolos, alfaces, morangos e nabos. E já está preparada para outras coisas… Ontem o nosso trabalho foi preparar a terra para começar a hortar… Ah! E também pusemos uma macieira, de maçã bravo esmolfe, mas falta ainda a laranjeira, o loureiro, a figueira e outras coisas que queremos plantar.


Há dois fim de semana atrás,  tínhamos começado o combate ao mato em que se tinha transformado o terreno: mais de 10 anos sem ser cultivado, levou a que crescessem todo o tipo de plantas, em especial as silvas, as heras e uma trepadeira que dá flores roxas. As silvas e as heras cresciam por cima da copa das árvores… Com a ajuda da moto serra e da roçadora, iniciamos o ataque. Ficou o chão coberto de restos do que tirámos e juntámos um belo monte de lenha, porque, à medida que tratávamos das silvas, limpávamos também as árvores. Neste primeiro dia, verificámos que o chão era fabuloso: o facto de há vários anos não ser cultivado e de ter um grande tapete de folhas, alimentou a terra de tal forma que parece terra de jardim, castanha escura e fofa. No fim de semana seguinte, e dado que a chuva deu tréguas, voltámos à carga. Contrariamente ao que o Carlos queria, tivemos que queimar tudo o que havia espalhado pelo chão, ramos, folhas, raízes, porque estava a ficar impossível conseguir fazer a gestão do espaço. Fizemos uma grande fogueira, queimamos tudo o que pudemos e acabámos o dia já com a noite adiantada, sentados à fogueira a vigiar o fogo. Na brincadeira até disse ao Carlos que parecíamos escuteiros e que só faltava a viola… Mas cantei na mesma “Cumbaiá, my lord, Cumbaiá…” Que maluca!
Concluímos que, apesar do que já desbastámos (e do disco da roçadora que lixei…), ainda tínhamos trabalho para dois ou três fins de semana. Vai aos poucos… O que interessou foi deixar espaço livre para a nossa horta. Ontem ainda sofremos um  bocado: as malvadas silvas têm uma raiz horrível que tivemos que arrancar à enxada. Aquilo é que foi fazer músculo. Estamos desertos de ver as plantinhas crescer…


Limpámos os muros de pedra, o caminho e já temos ideias para fazer bordaduras, uma casinha para guardar as máquinas, aproveitando a madeira velha que temos, uma caixa de compostagem,  enfim… A cabeça não pára…
Beijos
Mena e Carlos

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

S. Martinho...

Hoje é dia de S. Martinho, comem-se castanhas e bebe-se vinho (com moderação, claro...)
Só é pena o famoso Verão do dito estar ausente em parte incerta. Fazia um certo jeito o bom tempo no fim de semana que agora inicia...

Embora lá às castanhas, cozidas, assadas, fritas, não importa... Elas são boas de qualquer maneira... Até para enfeitar a lareira, ainda dentro dos ouriços, ficam  bem...


Divirtam-se!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E o Natal aqui tão próximo…

Falta mês e meio para o Natal… Está na hora de começar a pensar no que vamos oferecer …

Este ano o Natal tem que ser mais económico, porque, devido à conjuntura económica do país, uma parte do subsídio vai “com os porcos”.  Penso que é mais racional oferecer coisas que possam ser úteis em vez de monos que ficam arrumados no fundo dos armários (e eu tenho tão poucos…). A Belinha já me perguntou o que queria para o Natal, para eu, à semelhança do ano passado, fazer uma lista do que queríamos. Estou um bocadinho em branco…
Talvez uns bons vinhos, um bom queijo… São sempre coisas agradáveis de receber.
O Carlos teve um ideia: como gostaríamos de comprar um fogão de lenha para a cozinha, que encontrámos por acaso em Sintra, conforme escrevi no post anterior, porque não fazer uns vales de vários valores, por exemplo 5, 10, 15 ou 20€ e as pessoas escolhiam o que lhes fosse mais adapatado e contribuíam para uma coisa que efectivamente nos dará gozo. É uma ideia…                                                                                                                                                                     

Vou fazer a proposta, pode ser que seja aceite.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

“Malvada” chuva…

Como se costuma dizer, “tardou mas arrecadou”… Tem sido um volume de água danado.
Por mais vezes que o Carlos vá acima do telhado, aquelas telhas deixam sempre entrar água: não é no telhado, porque o onduline protege, mas é nas paredes laterais onde, desde tinta a fita própria até a cola, já experimentámos de tudo e descobrimos sempre um raio de uma telha estalada. Este Domingo lá fizemos a nossa peregrinação ao telhado para cumprir a “promessa”. Chiça, já não posso ver o raio do andaime…
No telhado de fibrocimento do quarto que ainda está em obras (e tem osgas…) a situação ficou resolvida. Afinal não fui eu a ir pintá-lo mas sim o Carlos: no dia que tínhamos decidido ir fazer a dita pintura, lembrei-me de recolocar no sítio um louceiro cheio de louça. Resultado: senti uma dor horrível na coluna que no imediato me impediu de me mexer, quer andar quer endireitar-me. Passei uma tarde deitada no sofá, com muitas dificuldades em mover e ainda hoje não estou completamente bem. Apanhei um belo susto…
No último sábado de Outubro fomos à feira da Ladra, à procura de ferragens para o portão da sala. Só conseguimos encontrar uma e foi cara, 7,5 €. Curiosamente arranjámos um fecho em ferro, igualzinho a outro que tínhamos comprado na Figueira da Foz, em Julho. Pena que não tivesse sido ao mesmo preço… Também comprámos uns pedaços de corrente de suspensão e uns pingentes para o candeeiro que encontrámos no… bem, num sitio onde já ninguém o queria. Está já colocado por cima da mesa da sala e está um espanto! Este candeeiro ficou em … 4€, eh!eh!eh!. O Carlos diz e eu concordo que lhe faltam uns globos. Termos que procurar… Mas voltando às ferragens, no passado sábado fomos Sintra, porque era dia de feira de velharias. A feira estava muito fraquinha, porque tinha estado a chover, mas, em contrapartida, encontrámos um senhor que trabalha em ferro e que tinha seis ferragens exactamente como procurávamos e a 5€ cada: já temos tudo para fazer o portão! YES!
Ao lado deste ferreiro, existe uma loja de recuperação de móveis. Quando disse ao sr  das ferragens que gostava de um fogão de ferro antigo que coubesse na lareira da cozinha, levou-nos à dita loja e lá estava ele… O pior é mesmo o preço, 200€. Vou pensar. Vou fazer contas a ver se dá. Ficava muito bem na cozinha…
Mais uma vez, no Domingo, fomos à peregrinação do telhado. Mais tinta, mais tela… Vamos ver se resulta… Depois fomos para o terreno, limpar algumas árvores e cortar lenha. Trazê-la é que não foi fácil… Tivemos que usar os sacos do IKEA que são bem resistentes. Acartámos aí uns dez. Chegámos ao fim do dia de rastos… Agora só falta arrumá-la para não apanhar chuva.
Ainda tivemos alento para ir beber água pé e comer castanhas na festa da aldeia. Bebemos uma água pé maravilhosa nas canequinhas de barro da festa… Só temos que encontrar o produtor, que tem um nome estranhíssimo, Euxodio ou Euxidio Inácio, para comprar um pouco e ver se o vinho também é bom, porque esta semana é São Martinho…
Boas castanhas!

Mena e Carlos

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Preparar o Inverno

Neste dias em que já se nota a descida da temperatura, temos que começar a pensar  no aquecimento da casa… Como não temos lugar para guardar lenha vamos ter que pensar numa alternativa e que será tapar com plástico. Só que a chuva do passado fim de semana apanhou-nos distraídos…Eu sei que os avisos foram mais que muitos, mas a alma portuguesa tem sempre a mania de facilitar e claro que agora temos que esperar que o tempo melhore.. .
Mesmo assim, ainda conseguimos acabar uns pormenores que faltavam na estrutura da casa: caiamos a frente, os muros da frente e os anexos.

 Numa sexta á tarde, quando cheguei a casa estava o Carlos de máquina de pressão em riste a lavar a frente da casa: saiu tanta porcaria que as plantas que estavam no páteo ficaram todas brancas… Depois foi caiar de branco e, como era nossa ideia, fazer uma barra em azul. O azul não saiu exactamente como queríamos, ficou demasiado claro, mas por agora é o que temos. Passámos um fim de semana a caiar, mas não foi tão difícil com imaginava, até gostei. É muito mais fácil do que pintar a rolo.


No passado fim de semana, andamos a pintar, com membrana especial para os telhados, as caleiras e uma lateral do telhado da sala. Também caiei a chaminé de branco e azul e que, segundo o Carlos, ficou ao contrário do que deveria: eu pintei as laterais de branco e o desenho de azul, e ele diz que não é assim. Pormenores…
Mas o Domingo não acabou muito bem… A chuva era tanta, o vento tão forte que começou a entrar água pelas janelas e porta… Fartámo-nos de pôr panos no chão e nas pedras das janelas para apanhar a água que entrava. O pior mesmo foi quando começou a pingar na sala… O raio de uma caleira plástica que já tínhamos isolado com cinta adesiva deu em pingar… Depois começou a aparecer humidade em algumas zonas laterais do telhado, locais onde não tínhamos pintado com a tal membrana. Resultado: o Carlos ontem andou a tarde inteira de rolo na mão a proteger o que tínhamos achado que não era necessário… Uma vez que temos muita tinta, há que aproveitar e proteger.
Estava um bocadinho desgostosa, por ver tanta água, mas depois do que vi nas noticias percebi que a situação foi difícil em muitos lados. Vamos lá a ver se já conseguimos enganar a chuva…
A nossa verificação das entradas da água levou-nos até ao “quarto das osgas” (eu acho que vai mesmo ficar este nome…), porque havia escorrências do telhado, que é de chapa de fibrocimento, e mesmo nas paredes. O que lá vi de imediato? Pois claro, osgas… Como entram facilmente pela “janela” que lá existe, porque tem frinchas, lá estavam elas todas felizes e contentes … Gritei ao Carlos, que se armou de um pau e matou as duas que vi. Vamos lá a ver se há mais, mas enquanto não substituirmos a janela, vamos correr sempre este risco… De qualquer forma, fiquei com a certeza de uma coisa da qual já havia falado ao Carlos: o telhado de fibrocimento não é estanque, necessita de protecção com a dita membrana, por isso ainda bem que isto aconteceu antes de termos posto o tecto de madeira, pois, caso contrário, o prejuízo seria grande. Tá-se mesmo a ver o que vou fazer no próximo fim de semana ,se o tempo permitir, claro: aí vou eu para o topo do mundo… Do telhado, queria eu dizer...

Bjs
Mena e Carlos

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Férias… Finalmente!

Finalmente uns dias de descanso… Fomos até Norte de Portugal, descansar o corpo e encher os olhos com aquelas paisagens maravilhosas. Que saudades tinha do meu Minho…
Fomos até ao Lindoso, que foi sempre (ou quase…) o nosso ponto de partida. Visitamos em primeiro lugar Barcelos, no dia em que se realiza a “mítica” feira local. Continua o máximo! Ele é fruta, ele é cacos, roupa, cestos, flores, animais, mobília, animação, gente Minhota a dizer aqueles palavrões que fazem parte do vocabulário, tremoços e azeitonas, artesanato, ferreiros, enfim um mundo que revivi… Nos meus tempos de criança não havia verão nenhum que não fossemos com os meus avós à feira de Barcelos e isto foi recordar um pouco esses tempos…
Andámos pelo Gerês, por vilas minhotas e fomos até Santiago de Compostela. No Gerês, para além das paisagens maravilhosas, vimos aldeias com casas em granito, com bois e vacas a passear na estrada, mas a mais bonita foi “Brufe”. Linda! Quem nos dera ter uma casita ali… Visitámos os espigueiros do Soajo, que surpreende pela quantidade, pela beleza do conjunto. Tem o fim de servir a comunidade e ainda hoje é usado…
Santiago já conhecia, mas o Carlos não. Religião à parte, é  um espaço monumental muito bonito. Estava um frio do caraças, já havia gente vestida outonalmente, mas aqui os portuguesinhos iam de manguinha curta e casaquitos leves… Foi de bater o dente… A viagem foi um esticão grande, mas valeu a pena. O pior foi mesmo no regresso: passámos por Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura e quisemos fazer a estrada que liga Paredes a Arcos. A “Leopoldina” mandou-nos pela serra: noite escura, curvas e mais curvas e incêndios… Foi um alívio chegar a Arcos de Valdevez…
No sábado, fomos visitar a que,  para nós, é a vila mais bonita de todas que vimos, Ponte de Lima. Linda de morrer! Estivemos foi pouco tempo porque liguei às minhas tias a dizer-lhes que estava perto e que ia lá depois do almoço. Foi logo uma guerra … “Tens que vir almoçar, se não vieres levamos a mal, etc…” e teve que ser. Foi muito bom. Tinha muitas saudades delas e da minha prima, receberam o Carlos de braços abertos e acabámos por dormir lá em casa de Sábado para Domingo. Por isso, tivemos que ir ao Lindoso e voltar durante a tarde…
Jantámos uns rojões maravilhosos, com a farinheira de tripa de porco que eu adoro e claro que não faltou o belo do creme (leite creme) e do pão de ló (e vinho verde...). Também havia um pudim de café muito bom. Éramos nove à mesa, porque as minhas tias e prima convidaram o Bide e a família para jantar. Foi muito divertido, só tenho pena que o tempo tenha sido tão curto que não deu para ver mais ninguém da restante família. Mas em breve quero lá voltar… Ali estão as minhas raízes, algumas das minhas melhores recordações de infância…
O Domingo era dia de regressar… Apareceu outro dos meus primos que fazia parte da trupe da minha infância/adolescência, o Mingos . Foi uma conversa rápida, porque o tempo era muito curto, mas deu para matar saudades.
Claro que vir e não trazer nada era impossível… Desde vinho a flores, houve de tudo um pouco. Até uma forma de barro que é de fazer pão de ló e que já não era usada… Vai ficar linda no móvel da sala, pois é uma recordação que quero guardar. A propósito, também cravei ao Mingos um pedaço de madeira de carvalho que era do coberto no quintal do meu avô e que vai servir de sustentação à chaminé do forno. Já andávamos à procura de uma coisa destas há muito, mas esta tem outro sabor: quando olhar, vou lembrar que era da casa do “padrinho”  e da “madrinha” (assim como a forma…). E então depois do Carlos o ter lixado…
Claro que também “comprámos” coisas, poucas, diga-se. Como passámos em zonas de castanheiros, andámos a apanhar ouriços de castanhas e ramos de castanheiro, não sem levar umas picadas pelo meio. Também num outro sitio houve uma árvore que me suplicou que trouxesse um raminho e eu não me fiz  rogada… Escondi dentro do casaco, pois não é permitido apanhar (é um tal que tem umas bagas…) e está em incubação. Mas quando chegámos a casa, tínhamos um saco cheio de dióspiros à porta. Como não íamos conseguir consumir, fiz uma tachada de doce…
Agora é tempo de voltar às rotinas… E tempo de bulir com força na casa…
Bjs
Mena e Carlos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Agora só falta a inauguração oficial…

Depois de oito dias a andar com a tralha na sala de um lado para o outro, para colocar os móveis nos locais destinados (a decoração já estava toda pensada, com excepção de 2 mesas de apoio de que nos tínhamos esquecido e dos quadros que ainda temos que estudar…), já temos uma sala!
Que saudades tínhamos de estar confortavelmente deitados naquele belo e largo sofá…  Soube tão bem ter de novo o conforto para que tanto trabalhámos nos últimos meses… Até bebemos uma tacinha de espumante à nossa saúde.
Durante a semana, fomos fazendo o que pudemos, desde envernizar  a porta de sacada, tratar do chão de tijoleira (aplicar produto para retirar cimento e óleo de linhaça para tratar), arrumar loiças, esvaziar caixas… No fim de semana, para além de encerar a tijoleira, arrumámos a mezaninne que ficou espectacular: parece a mansarda de uma pintor… Só tivemos um percalço:  o raio da cera que comprei não valia um caracol (pudera, era dos chineses…).  Ficou um espaço muito agradável: com um estrado e colchão fizemos um “sofá” baixo onde coloquei várias almofadas (O Carlos diz que é para deitar as modelos…), tem a mesa do Carlos, uma estante, uma escrivaninha, o cavalete do Carlos. Tá mesmo gira…
O pior foi pôr  a cama, estrado e colchão, que vieram de Str… Tínhamos que os pôr no quarto por cima da manjedoura e ainda não temos escada para lá chegar, por isso tivemos que passar tudo pela janela que fica a mais de 2 metros do chão, o que equivale a dizer que foi na base da corda e do bracinho… Para ajudar estava vento e foi porreiro porque parti logo uma telha do vizinho: quando tínhamos o estrado em peso, o vento empurrou-o e lá se foi a dita… Azares! O melhor de tudo foi quando descobrimos que o colchão que estava nesse quarto e que levamos para a mezaninne era exactamente do mesmo tamanho do que veio de Str… Pena foi que só descobrimos isso no fim… Serviu para testar as nossas forças… e fazer figura de urso…
À noite fui direita ao candeeiro que recolhemos do … e comecei a limpar com escova de dentes e paninho moldado. Os vidrinhos/lágrimas ficaram bem bonitos. Hoje vai levar mais uma passagem para depois o entregar ao Carlos para que trate da parte eléctrica e finalmente o coloquemos no sítio.
Depois???  Vamos tirar  uns dias de descanso… Finalmente!
Bj
Mena e Carlos

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Finalmente!



Finalmente fizemos as mudanças…
No passado fim de semana fomos a STR buscar a tralha que estava no apartamento, estilo “tudo ao molho e fé em deus” porque tínhamos arrumado tudo o que era nosso em dois dos quartos do apartamento para permitir à minha filha e ao Hélio o inicio da decoração da casa que vai ser deles. O meu stress era tanto, que, na noite da sexta para sábado, acordei às 4h30m da manhã, mas correu tudo bem… Tivemos a ajuda preciosa dos meus filhos e “respectivos apêndices”  e do Rui, o primo do Carlos, que fez o favor de ceder a carrinha que tem para fazermos o transporte. Uns empacotavam o que ainda não estava em caixas, outros acartavam moveis e outros (ou todos) carregavam as carrinhas. O hall do prédio parecia uma feira… Felizmente coube tudo no elevador o que facilitou a nossa tarefa.
Aos meus meninos , Mó, Iks, Gê, Hélio, Raquel e Miguel, ao Rui, o nosso agradecimento e, como confirmei à Gê, espero não vir a fazer mais mudanças… Se calhar é melhor não fazer porque o Miguel também disse que já lhe estou a dever duas mudanças de casa (eu até acho que são três…).
Não correu mal: cerca das seis da tarde já tínhamos as carrinhas descarregadas e a confusão instalada na sala da casa da Ermida: ele era caixotes, caixas, mobílias, quadros, livros, enfim uma enorme barafunda. Durante esta semana o nosso trabalho tem sido dar uma arrumação ao espaço, o que passa por ter de tratar o chão de tijoleira antes de colocar os moveis nos locais destinados. Ontem já esvaziamos algumas caixas com loiça e copos, mas ainda temos muito que tratar. O pior mesmo é que nem tudo o que está em  caixas tem lugar para arrumar, o que quer dizer que vai ter que ficar encaixotado até haver espaço.


Antes desta azafama das mudanças, continuámos nas pinturas dos tectos, melhor dizendo, no envernizamento, e nos pequenos pormenores dos acabamentos.  A última coisa que fizemos antes das mudanças, foi envernizar o chão de pedra. Para mim, ficou espectacular e finalmente deixámos de ter  terra a sair das pedras. O Carlos não gosta muito do verniz porque diz que é muito brilhante… Opiniões!
Mas para poder envernizar o chão, era precisa lavar com a máquina de pressão e como queríamos envernizar no mesmo dia, o chão tinha que estar seco. Para isso o que fizemos? Para além de, à medida que íamos lavando apanhávamos a água com esfregonas, panos e até à pá, ligámos o desumidificador e abrimos todas as portas para fazer corrente de ar. Às tantas o Carlos diz: “E se acendêssemos a salamandra?”. E assim fizemos… Ficámos fãs daquela “bicha”… Mesmo a fazer corrente de ar, quando entravamos na sala, sentia-se o ar quente. Quando fechámos tudo, ficou espectacular: estava quentinho, os ventiladores funcionam na perfeição e quando subi à mezaninne verifiquei que estava um calor intenso. Vai ser o local mais quente da sala, uma vez que o ar quente sobe e o tubo da salamandra passa junto à mesma. Foi cara mas valeu a pena!
E aproxima-se mais um fim de semana de trabalho duro mas compensador…
Beijos
Mena e Carlos

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Novidades??? Poucas…

Esta semana não evoluímos muito, provavelmente pelo facto de, contrariamente ao nosso desejo, a mudança só poder vir a fazer em fins de Setembro…
Mas ainda se fez qualquer coisita: o Carlos fez a instalação eléctrica da mezaninne e à conta disso esfolou uma canela pois caiu da escada. Já não bastava o joelho inchado, agora é a canela…
No fim de semana,  como não trabalhámos na casa, andámos cá fora a cortar mato, sim, mato. Realmente, as coisas deixadas ao abandono tomam proporções enormes… O terreno que comprámos está cheio de silvas, mas isso até nem é o pior: pior mesmo são as malvadas trepadeiras selvagens que se enrolam em tudo, inclusive nas máquinas. Já para não falar nas raízes infestantes que deixam na terra… Vai ser mais fácil dar cabo das silvas do que acabar com as malvadas trepadeiras.

Já temos montes de mato cortado para depois queimar. Nesta altura ainda é proibido, por isso há que aguardar até Outubro para o poder fazer. É da maneira que seca e arde mais facilmente… Como o Carlos tem uma máquina de moer troncos e erva, mas que, infelizmente, ainda não está  aqui em casa, será um a queimar e outro a moer, vamos lá a ver quem destrói mato mais rapidamente…
E tudo isto porquê? Porque a D. Domingas nos tinha dito para apanharmos as nozes que ela tem e o raio das silvas do nosso terreno estavam por baixo de ramos da nogueira. A nogueira é enorme e como não tem sido cortada estende braçadas para todo o lado. O Carlos subiu lá para cima e varejou as ditas e eu fiquei cá em baixo a apanhá-las. Correu tudo bem até chegarem a Doninha e o Fadista, os cães da D. Domingas: assim que as nozes caíam no chão, corriam, abocanhavam-nas e iam escondê-las… Sacanas!
Conseguimos apanhar dois baldes cheinhos de nozes, uma grande parte já descascada e que ficaram ao sol. As restantes, ficaram entregues à D. Domingas que hoje se ia entreter a tirar as cascas. Aquilo é terrível de fazer, põe  as mãos e as unhas todas acastanhadas … Acho que vou comprar um verniz castanho e pintar as unhas porque assim ninguém nota…

Hoje vamos ao Ikea comprar uma estruturas para o roupeiro  e espero que arranquemos outra vez em força no que falta.

Beijos
Mena e Carlos

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mais “compras”…

Quem me conhece sabe que gosto muito de plantas…
Ter uma casa com espaço de quintal e não ver nada verde é absolutamente impensável para mim. Por isso, um dos nossos projectos tem que ver com criar zonas verdes, ainda mais agora que temos terreno. Então, como ainda não posso ter os canteiros pretendidos, vou espalhando vasos com as várias plantas que adquiri. Mas como não se pode estar sempre a gastar dinheiro nestes supérfluos, decidi ir às “compras”…
E comprei o quê? Num Domingo em que tive que ir com a d. Domingas ao Centro de Saúde, estacionei junto a um canteiro de onde saia um cheirinho maravilhoso. Era uma sardinheira, que já nem tinha flor, mas cujo aroma era intenso. Resultado: lá vieram dois ramos comigo… Neste momento estão num vaso que vigio constantemente para ver se pegam.
Também no meu caminho do trabalho para casa fizemos algumas “compras”: num dia em que o Carlos vinha comigo, cortámos uns rebentos de uma trepadeira que tem umas flores vermelhas lindíssimas, que julgo ser uma clematite e crescia espontaneamente numa encosta, e dois rebentos de uma planta suculenta, que parece uma couve, que desbastámos num canteiro de uma casa. Também estas se encontram já em terra, junto às sardinheiras na espécie de “estufa” em que se torna a casa onde temos  a máquina de lavar, devido ao sol …

Quando puder, vou trazer também alguns exemplares do jardim que tenho noutra casa e de que gosto muito. Algumas já fazem parte do pequeno projecto que fiz para a lateral do muro.
Se ouvirem dizer que fui presa, já sabem: andei a “comprar” plantas…

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Olha a parede… cimentadinha II! Surpresa!

Num post que escrevi há tempos, o titulo era: “Olha a parede… cimentadinha!” , referindo-me ao paredão que foi rebocado pelo Carlos e que deu uma valente trabalheira, porque, para além de extenso, tem quase 4 metros de altura em determinados pontos.
Ontem, para minha grande surpresa, o Carlos caiou a parede toda! Sózinho, trabalhou que nem um danado para conseguir ter a parede pronta quando eu chegasse e conseguiu. E está maravilhosa…



Claro que teremos que dar a 2ª demão, mas o efeito que cria, deixa-nos muito confortáveis na escolha que fizemos, de substituir a tinta pela cal, ajustando a cor ao nosso gosto.
Estamos em contagem decrescente para o final…

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Sala: “curtir” o espaço

Ainda não estando concluída, neste fim de semana acabei o Domingo sentada no meio da sala a “curtir” o ambiente, ouvindo música clássica… Senti-me tão bem…
Com as alterações que fizemos no telhado, o roofmate desempenha um papel essencial na temperatura ambiente. Antes tínhamos telha à vista e o calor e o frio entravam pelas telhas e pelos buracos normais que elas tem. Agora é muito diferente. E no dia em que o portão seja substituído, a diferença será ainda maior.
Então e obras? Foi um fim de semana bastante produtivo. O Carlos no sábado ainda andou a acabar o beirado do telhado, mas no Domingo estivemos os dois na sala a fazer de tudo um pouco. Remates de cimento, foi tarefa do Carlos e aprontou também o arco que vai para a manjedoura bem como a janela interior que fica por cima, o que fez que se pudesse dar a primeira demão de cal. Para o nosso gosto, ficou excelente, o Carlos estava muito satisfeito com os resultados… Pelo meu lado, dediquei-me ao tecto da sala e da mezaninne, passando um verniz para protecção da madeira e às paredes de pedra, onde, mais uma vez, usei o meu apetrecho preferido de pintura, a pistola… Assim, deixei prontas duas paredes de pedra envernizadas com verniz mate, que segura o cimento e dá um tom uniforme às pedras.


Com isto tudo, concluímos que o verniz das madeiras e o das paredes não chega… Lá vão mais umas notitas de euro a juntar ao que já gastámos…
Ainda no Sábado, decidimos ir ao terreno para ver se iniciávamos a limpeza. Começamos a trabalhar com a roçadora, mas ela cansou-se… Faltou a gasolina… Então foi de sacho e ancinho: o sacho partiu o cabo… Que raio! Não são mais teimosos  que eu, vai de sachola mesmo. E descobrimos que o terreno tem muretes em pedra, que criam socalcos e tem uma escadinha também em pedra. Claro que os muretes tem que ser reparados porque devido às malvadas flores que alguém um dia lá colocou e que são pragas autenticas, e o abandono que o espaço teve nestes anos, fez com que algumas pedras se deslocassem. Mas isso não é o pior. Pior mesmo é matar as silvas e esta praga das flores roxas, porque ambas trepam por cima das arvores. Quando lá andámos por debaixo das arvores, tive a sensação de estar numa floresta tropical, com poucas entradas de luz e muita humidade.


Temos ali “pano para mangas”, como costuma dizer-se…
Como já não tínhamos nada que fazer, ainda arranjei mais: apanhei um candeeiro (não digo onde…), uma espécie de lustre com vidros e pingentes que vai ficar lindamente por cima da mesa.

Mais “pano”…

Mena e Carlos

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Projectos…

Agora que temos terreno, já se pode pensar em jardinar e fazer horta.
Estamos desertos de ter tempo para o fazer.
Enquanto isso não acontece, vou brincando aos planeamentos. Como o terreno tem uma faixa que fica na lateral do nosso muro, pensei em fazer aí um “canteiro de pedras”, construindo um suporte ao terreno em pedra local (lá teremos que ir às “compras”…), fazendo uma caleira para a passagem da água que vem de um tubo que desagua mesmo neste local de modo a ser aproveitada para futuras regas e colocando plantas que não necessitem nem de muita manutenção, nem de muita água. O chão vai ser tapado com seixos rolados que iremos “comprar” ao rio local. Nos blogs que vou seguindo, vou aprendendo muito e retirando ideias. Há pessoas muito criativas, de um pequeno nada, nasce uma obra.

Para o restante terreno, que necessita de muito trabalho, temos pensada uma horta com as coisas que nos dão mais gozo e que mais consumimos. Para isso, precisamos também de água, pelo que vamos, como disse antes, aproveitar a que vem do cano, mas também a que cai dos telhados: através de caleiras e tubos vamos canalizar a água para um depósito. O problema é mesmo o depósito… Ou o fazemos, ou compramos algum em plástico. Temos que ver o que nos serve melhor.

Outra ideia é aproveitar as sobras de desperdícios da alimentação e do que se cortar das ervas, folhas e árvores para fazer adubo/composto. Para isso, temos que ter uma caixa de compostagem que será feita com as madeiras velhas e bichadas que temos em stock. Há que reutilizar tudo para rentabilizar melhor…
E temos outros projectos em mente, mas ainda é um bocadinho cedo para falar deles… Por enquanto é  segredo…

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pormenores…

O tempo passa tão rápido que quase nem damos por isso…
Pensava eu que, nesta altura, já teríamos muitas tarefas concluídas, mas não…
Os pormenores são o que demora mais tempo, porque as coisas de maior vulto já estão feitas. De qualquer modo, já cumprimos algumas etapas. Tendo a parte eléctrica concluída na sala, foi possível colocar os projectores que tínhamos para a lá e agora já se pode dar ao botão.





Já comecei a tratar do tecto, dar o produto de conservação e envernizar, enquanto o Carlos se dedicou ao… TELHADO!
Pois claro, como no passado fim de semana o S. Pedro deu uma trégua, lá foi o desgraçado para cima das telhas… Eu, que já detestava lá andar, ainda fiquei mais traumatizada porque, em duas vezes que subi, consegui partir duas telhas. Que raio de azar! Mas as telhas vingaram-se…
Como o Carlos estava a rematar o beirado na parte mais alta do telhado e para eu não andar a passear os baldes do cimento partindo mais telhas no caminho, decidimos fazer subir os baldes de cimento e as telhas com uma corda. O Carlos puxava-os e dizia-me sempre: “sai de baixo dos baldes!”. Foi a minha sorte. Numa altura em subia um balde velho com telhas, partiu-se a asa do dito e vieram despedaçar-se no chão. Fiquei furiosa! Raio do balde que ainda de manhã tinha transportado areia, logo foi partir-se naquela altura. Isto era para ser a vingança das telhas se não fossem os avisos do Carlos… Mas ainda não está concluído… Por isso digo que o tempo passa depressa demais, porque estipulamos um objectivo e nem sempre o tempo nos permite alcançá-lo. Ou nós julgamos que somos “super heróis” e que conseguimos fazer mais do que as nossas capacidades permitem.
A determinada altura, decidimos que em vez de pintar a sala, a iríamos caiar. Num site que vi bastante elucidativo (caiarte), elogiavam as qualidades da cal e demonstravam  que era possível obter cores muito bonitas. Dado ser uma casa antiga, tradicionalmente caiada,  e como estávamos com medo de empatar dinheiro em tinta que depois, na cor, não correspondesse às nossas expectativas, arriscámos na cal. Comprámos cal e pigmentos, o Carlos andou nas misturas para fazer a cor e fomos caiar a parede da sacada da sala. O tom não foi bem o que estávamos à espera, ficou um bocadinho rosado, mas lá chegaremos.


Mais uma vez, vamos dedicar-nos aos pormenores…

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As "compras"…

A Paula costuma dizer que, num dia de Fevereiro, saiu de casa para dar umas voltas e comprou um apartamento e um carro. Nós não conseguimos chegar a este nível, mas também comprámos quase sem querer…
Em Julho, num Domingo de manhã, na saída da missa, aparece-nos ao portão um senhor (o sr Manuel …mais um…), perguntando se não estávamos interessados em comprar o terreno por detrás da nossa casa, que não vendia caro, que nos dava jeito… A principio não me mostrei muito interessada, até porque o terreno é inclinado e está cheio de mato, o que vai dar bastante trabalho a tratar, e o dinheiro não estica. No entanto, o Carlos perguntou-lhe pelo preço, área do terreno e condições de venda… Ficámos de pensar no assunto.

Não me estava a convir muito empatar dinheiro, porque as despesas são bastas, mas o Carlos lá me deu a volta, com a conversa de que ficávamos com terreno que a casa não tem, que já podíamos pensar noutras coisas para a zona do quintal, etc… Pronto, comprámos 1250 metros quadrados de trabalhos forçados…
A escritura foi feita no dia 12 de Agosto, não sem antes termos alguns percalços na porcaria da papelada, e agora é só começar a trabalhar (Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! )…


Neste Domingo, após o forte almoço (espécie de cozido…) fomos dar uma voltinha e “comprámos” um fecho em ferro,  que estava numa porta abandonada: vai servir de ferrolho para o portão da sala. À tarde, farejámos a arrecadação da D. Domingas e “comprámos” dobradiças em ferro, umas grandes outras mais pequenas. As grandes são para o portão da sala, as outras logo se vê…


Quando no inicio de Julho fomos à Figueira da Foz, encontrámos na feira de velharias um par de aldrabas baratíssimo que ficava perfeito no portão da sala e um fecho em ferro que decidimos também pôr no dito portão. As aldrabas só precisavam de ser limpas da ferrugem, mas o fecho… Estava completamente calcinado, o ferrolho não corria, tinha tinta e outras matérias (?) agarradas. O Carlos com a sua paciência e a ajuda de um spray miraculoso, conseguiu pô-lo a trabalhar. Mas as mãos dele… Nossa Senhora…


Precisamos agora de “comprar” um tronco para fazer o suporte da chaminé do forno…

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais ofertas…

Quem mora numa aldeia, onde ainda se pratica agricultura para consumo caseiro, está sempre a ser surpreendido…
As nossas vizinhas têm-nos presenteado com o que cultivam, desde legumes a fruta. Desta vez, foi frutinha, pêssegos, figos, peras e uvas. Olhem que belos…

Como não sou muito amante de peras e para não se estragarem, vou experimentar fazer uma espécie de “peras bêbadas” no microondas. Tirei a receita da Net e espero que resulte bem:
                                                                                                        
1 kg de pêra                                                          1 copo(s) de vinho tinto   
 1 copo(s) de açúcar                                             quanto baste de cravo-da-índia
 1 copo(s) de água                                                quanto baste de canela em pau          
                                                                           
Descasque as peras e coloque em um recipiente com água e limão por 5 minutos.
Leve ao micro-ondas primeiro a água, o açúcar, o vinho a canela e o cravo da índia, deixe que ferva por 3 minutos, acrescente as peras e torne a cozinhar aproximadamente por 6 minutos na potência alta.

Como ainda não estávamos cheios de figos, ontem decidimos ir “roubar” alguns numa figueira que pende para um caminho e que por acaso está num terreno da D. Olinda e do sr Manel, mas a colheita foi fraca. Para além de ser de difícil acesso, tinha poucos figos maduros, porque é daquelas árvores cujos frutos vão ficar bons mais tarde, para se fazerem figos secos (que eu odeio…). No caminho, apanhámos algumas amoras nas silvas, as possíveis, porque já passou a melhor altura para as colher.

Para o ano temos que nos lembrar mais cedo…