terça-feira, 30 de outubro de 2012

“Inauguração” …

Este fim-de-semana tivemos que fazer uma inauguração forçada da casa de banho…
Por causa de termos de abrir buracos, melhor dizendo crateras, na frontaria da casa para pôr as caixas do contador e ramal, e  porque nesse sítio passava um cano de água que abastecia o chuveiro no wc existente, ficámos sem água quente na dita e a alternativa foi passar a tomar banho no polibã da casa de banho nova, mesmo sem estar acabada. O que interessa é que funcionou!
Poliban
Futuro quadro electrico

Fialhada electrica
Mas o Carlos teve um trabalho sério para conseguir o espaço para as ditas caixas. Realmente fazer estes trabalhos numa parede de pedra é obra. Foi com rebarbadora, martelo eléctrico e berbequim para conseguir partir as pedras que, como sempre, ficavam exactamente no sítio onde não deviam. Também deu uma martelada na mão, mas isso faz parte. Como havia procissão lá no largo e deitavam foguetes,  não sei quem fazia mais barulho, se o Carlos com as suas máquinas ou os foguetes.
Na semana que passou não adiantámos muito o trabalho porque esteve a chover todos os dias. O pedreiro, que era para ir na quinta e sexta passadas, desistiu. O Carlos aproveitou e abriu o buraco para a futura janela, mas só do lado de dentro, para não entrar água nem bicharedos; como ontem o pedreiro voltou, já começou a tratar da janelita da casa de banho, que pelo tamanho parece mais um postigo…
Janela wc Interior


Janela wc exterior

Janela wc acabada
No Domingo fomos à horta apanhar algumas nozes da nogueira da D. Domingas e ainda trouxemos tomate e pimentos. Está lá um ervaçal com algum jeito… E as minhas amigas silvas já estendem os seus braços…
Vamos ver se no próximo fim-de-semana conseguimos dar um jeito naquilo…

Mena e Carlos


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Pó – parte II

Pois é, o pó continua a fazer parte das nossas vidas… 
E, falo eu em parte II, mas ainda não sei quantas “partes” ainda vão acontecer…
Porque será que connosco é sempre tudo tão difícil? Até aqui pensei que seria por sermos nós a fazer, mas agora temos o pedreiro e continua a não estar fácil… Depois de descobrirmos que temos um pavimento lajeado no futuro hall, apareceram mais lajes na parte de fora da casa e, claro está, no local de passagem do esgoto. Ai queriam lajes? Tomem lá! Mais uma vez o Carlos teve que improvisar, para conseguir partir em bocados a dita e deixar o caminho livre para a passagem dos tubos. Tem apanhado cada tareia…


Laje cortada para passar esgoto
Decoração cigana na cozinha

Tentativa de reter o pó...

Canalização WC
E não é só a laje que lhe dá tareias, o pedreiro também: trabalha tão depressa que o Carlos, que está de servente, não consegue dar vazão a tanto pedido… Realmente o Norberto é uma máquina a trabalhar e tem aquela particularidade de raciocínio rápido e dar ideias. Como lá esteve 3 dias seguidos a trabalhar, já só falta abrir a janela para a rua e pôr o chão na casa de banho.


Betume nos azulejos
Futura janela
Este fim de semana, o Carlos andou a acertar os pedaços de lajes que tínhamos retirado para passar o esgoto, de modo a recolocá-las (teve que abrir rasgos por baixo para não partir os tubos) e arranjar bocados para completar os espaços que não tinham. Lá entrou em cena a rebarbadora, só que foi na rua. No entanto, assim que apanhava uma porta aberta, lá entrava o Sr. pó sem ser convidado…
A bela da rebarbadora...
Adeptos das velharias, lá fomos desencantar um móvel para pôr o lavatório aos Emaús (já somos clientes assíduos…). Trouxemos um antigo pechiché arte nova (em francês, psyché que é muito mais fino…), com o corpo central rebaixado em relação aos laterais, onde vamos colocar o dito, uma móvel lindíssimo com seis gavetas também desniveladas e que ainda tem atrás os autocolantes do fabricante. Espectáculo! Inicialmente tínhamos pensado pôr uma pedra mármore a todo o comprimento, para não inutilizar a primeira gaveta e dar altura, mas estivemos a ensaiar e gostámos muito mais de ver o lavatório no desnível do meio. Agora, há que tratar a madeira e voltar a dar-lhe o brilho de antigamente…

E a horta? Nada, nem uma alface para amostra… Não tem tempo para nada, nem para cortar as ervas.
Lá teremos que comprar as couves do Natal, porque da horta…

Mena e Carlos

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

De volta… Com pó!

Tenho andado muita afastada da escrita no blog… O dias têm sido curtos para o meu desempenho profissional e chego a casa tão cansada que não tenho tido a dedicação necessária  a este espaço de que tanto gosto. Fizemos já o dia de comidas italianas, comemorando o aniversário da Inês...
Mas hoje é o dia! E de volta… Com pó! Muito!
Desde sempre foi nossa intenção fazer uma nova casa de banho e uma despensa e o local pensado era o espaço da antiga sala de jantar, que fica por baixo do nosso quarto… Como a área é de cerca de 15 m2, lá fizemos a “planta” onde incluímos também um hall, porque a porta aí existente passará a ser a entrada da casa.



Despensa em construção

Também já tínhamos assumido que teríamos que contratar alguém, para conseguir, mais rapidamente, concluir a obra. E assim fizemos: o pedreiro levantou as paredes que dividem os espaços e o resto do trabalho (servente, electricista e canalizador) fica por nossa conta. O Norberto (o pedreiro) foi para lá no dia 25 de Setembro e começou o martírio… Não por ele, que só lá esteve nesse dia e fez o que tinha a fazer, mas pelas condições em que está a casa: por mais que limpe, só vejo pó por todo o lado…
Cabelo branco (do pó...)

Abrimos uma porta na parede de taipa e fomos inundados por aquela brancura em cima dos móveis, no ar, no chão… Arrancamos um bocado de rodapé, cai a cal da parede (aproveitámos e tirámos tudo e a parede vai ficar com pedra à vista) e tivemos… pó. Retiramos as aduelas das portas e somos brindados com mais pó (desta vez com pó de madeira podre também…).
Aros das antigas portas
Madeira bichada
Tem sido uma fartura, mas este fim de semana foi o ponto alto… Tínhamos que abrir roços no chão para passar o esgoto e a tubagem da água mas tivemos uma surpresa: para além da pedra com quase 30 cm de espessura que estava na soleira da porta e que estava tapada com chão de mosaico, apareceram duas lajes enormes, que também estavam escondidas debaixo do “maravilhoso” mosaico, uma delas com cerca de 3 m de comprido. Nós que tanto suspirámos por chão lajeado e que até agora não tínhamos encontrado, fomos agora surpreendidos com este presente, um bocadinho envenenado, é certo, porque nos atrasou o trabalho todo… Mas nem tudo é mau: o hall de entrada e o espaço onde nasce a escada vai ficar em laje. Yes! Estamos encantados, o problema foi resolver a passagem dos canos…

A laje com 2m de comprido

A bela da laje


Trabalhos forçados

O Carlos, como é um rapazinho cheio de ideias, teve logo solução: retirar a pedra da soleira e cortar ao meio a laje imediatamente a seguir, de modo a permitir a passagem dos tubos. E com que máquina? Aquela coisa maravilhosa que se chama rebarbadora! Assim que entrou na pedra, projectou tanto pó que deixámos de nos ver um ao outro, parecia que estava nevoeiro dentro de casa… No fim do dia, apanhei com uma pá o pozinho do chão, tal não era a quantidade… Aspirei o que pude, mas já não quero saber, quando as coisas estiverem mais calmas, vai uma barrela de alto a baixo.
E lá estão os buracos abertos para os dito canos, as pedras não podiam ser mais teimosas que nós, dois aquarianos … O melhor mesmo foi levar para a rua a pedra da soleira, que com uma largura de quase um metro e uma altura de 30 cm, foi um pesadelo… Como já disse antes, às vezes gostávamos de ter uma câmara montada para filmar as nossas figuras: davam uns filmes bem divertidos… Ontem, tudo serviu para convencer a pedra a ir para a rua, desde bocados de barrotes, alavanca, pedras e, claro está, a nossa força. Ao fim de um dia de trabalho todos transpirados, cobertos de pó (parecíamos moleiros…) a pedra não se iria ficar a rir… Já dormiu a noite na rua…
Esperamos que este tempo passe rápido…
E Raquel, gosto muito de ti (ela vai perceber)!

Mena e Carlos