sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Curiosidades do Natal

Esperamos que o Natal tenha sido para todos tão bom como foi o nosso. Não foi completo, porque quatro dos nossos familiares estiveram ausentes… O Mike, que está em Londres a trabalhar, foi surpreendido com a visita da Belinha, da Paula e do Kiko e assim o nosso Natal foi um bocadinho mais pobre. Mas já temos data agendada para fazer a troca de prendas e o convívio do Natal (menos o Mike, claro…): fazemos como os espanhóis e no fim de semana dos reis, vamos fazer o nosso Natal, contando ainda com a presença da Raquel e, espero eu, da Patrícia e do Ricardo (a minha sobrinha e o namorado).


Este ano, para além da Belinha e da Paula, tivemos outra baixa na cozinha: a menina Gê esteve o tempo todo agarrada ao computer, porque tem que entregar a tese até ao fim do ano, e, claro, que ainda não tinha tudo feito. Só parou para comer e abrir as prendas. Quem também não esteve presente foi a máquina de lavar loiça… Mesmo na véspera de Natal, negou-se a trabalhar. Raios partam! E ainda por cima a Paula não estava (ela é a lavadora oficial das nossas festas) … Fiquei (e estou) farta de lavar loiça!
Por outro lado, tivemos dois novos cozinheiros: o Icks e o Hélio. Tinha uma receita de bolo de chocolate que era só juntar os ingredientes e lá fizeram eles a mistura, não sem antes se vestirem a rigor, com os respectivos aventais e de rolo da massa (?????) na mão. Na verdade, a Mó é que fez quase tudo, mas para não ficarem tristes, dissemos que foram eles.


O Carlos experimentou a receita das “filhoses da Avó Domingas” (era a receita que era usada na casa da avó do Carlos e que toda a família gosta) e ficaram maravilhosas. Lena, obrigada pela receita, são mesmo uma delícia. Quando as provámos ainda quentes sabiam bastante a aguardente, mas quando arrefeceram… Desapareceram rapidamente!
Também as minhas rabanadas ficaram óptimas. E ainda mais fritas no calor do fogão a lenha. 
Foi muito bom! Falámos pelo skipe com o Mike e o resto da malta, falámos com a Raquel nos Açores, abrimos as prendas à meia-noite e esperámos pelo Miguel que veio ter connosco depois de jantar em casa dos pais.
Para o ano haverá mais.
Entretanto… FELIZ ANO NOVO!

Mena e Carlos

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A todos um… BOM NATAL!

É o que  desejamos daqui, da “Nossa Casa Saloia” a todos, Família, Amigos, Conhecidos e todos os que visitam este blog. Um Natal especial para quem está mais longe, o Mike, e que não pode estar connosco nesta quadra festiva.








E pensávamos nós que tudo prontinho para receber a família, mas não! Com a “ajuda” da chuva e das várias complicações que surgiram nas obras, não se fez tudo o que estava previsto. Mas temos o essencial e, para nós, está lindo. Finalmente temos uma casa de banho em condições, uma boa despensa e a cozinha com a instalação eléctrica acabada, com a MLL instalada na cozinha embora de modo provisório e na companhia do nosso último encantamento (por causa dele íamos morrendo com tanto pó…) que é o fogão a lenha.






É um espectáculo… Aquece a cozinha (a temperatura ambiente consegue atingir 20 graus C), o hall, os quartos e ainda cozinhamos. O forno é óptimo, já fizemos assados e estamos muito entusiasmados com a comida para o Natal. Demora algum tempo a aquecer mas tem outro sabor…
Agora é tempo de descansar um pouco e gozar a época. É uma vergonha, mas ainda não tivemos tempo para fazer a Arvore de Natal e o Presépio… Vai ser este fim de semana…

                                
    
Mena e Carlos

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A revolta do… PÓ! Ou o PÓ contra ataca…

Já não sei mais o que fazer para me livrar do pó… Qualquer coisa em que mexemos gera um monte de pó, só que, desta vez, foi demais…
A propósito de querermos pôr um fogão a lenha na cozinha, tivemos que deitar abaixo a parte da lareira onde se fazia o fogo e que, contrariamente ao usual, ficava a cerca de 80cm do chão. Foram alguns m3 de pedras e terra (e cadáveres mumificados de ratos), porque no tempo em que a casa foi construída não se usava cimento, era terra misturada com cal. Enquanto o Carlos partia o espaço, eu ia acartando o entulho: no fim das obras tenho que requisitar um camião TIR para levar o entulho, tal não é o monte que já fizemos…


Claro que isto foi deixando um rasto de pó, mas mal eu sabia o que me esperava… Ao encontrarmos duas pedras enormes que, ainda por cima, faziam parte da parede do fundo da lareira e consequentemente da sala, não sendo por isso possível retirar, pelo que tinham que ser partidas, começou o filme de terror... O Carlos tentou de tudo, dado o treino que já trazia das lajes (inclusive com uma marreta) mas elas estavam teimosas e só restou uma alternativa: cortar as ditas à rebarbadora… Como eu estava a trabalhar, disse-lhe que abrisse as portas e janelas para o pó sair, mas como o menino Carlos é muito “senhor do seu nariz”, não me ouviu e fez o que lhe deu na gana. Resultado? Temos pó nos sítios mais recônditos, nos roupeiros, nos armários nas gavetas... Até a d. Domingas se queixou porque o pó se passou não sei por onde e se depositou em casa dela. Quando cheguei a casa deu-me uma raiva tão grande que só me apeteceu fugir (bater também me apeteceu…). Tenho passado o resto do tempo a limpar, limpar como se não houvesse amanhã… Mas o menino Carlos também teve que se fazer à vida. Isto é para aprender a não ser teimoso! A única vantagem é que fiquei a saber onde tinha teias de aranha…




Apesar deste empoeirado episodio, a obra lá vai andando, a um ritmo lento é certo, mas é o que temos… Depois de mais uma peripécia com a pintura, porque quisemos caiar e a cal não pegou e tivemos que nos render à tinta, já acabámos a despensa e a casa de banho está quase. Claro que isto não é assim tão linear: o tecto da casa de banho e do hall, que forrámos a madeira, começou a ficar às ondas, o que nunca nos aconteceu, o móvel do lavatório foi envernizado e o raio do verniz nunca mais seca, já para não falar no móvel que comprámos nos Emaús para a despensa, com prateleiras e armários, que cabia no comprimento mas que na largura não permitia a abertura da porta da arca. Que seca… Lá tivemos que cortar um dos corpos do móvel… Mas já temos a casa de banho pronta a levar as loiças… YES! Este fim de semana pusemo-las no sitio e ficou muito bem.



Mesmo não tendo feito horta, o Carlos apanhou umas belas nabiças que nasceram de sementes que ficaram na terra. Também os pimentos continuam a dar…
Já percebemos que não vamos ter tudo pronto no Natal. Nem obra nem horta…
Melhores dias virão!
Mena e Carlos

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

S. Martinho

Tinha proibido a família de ir a nossa casa enquanto as obras de construção da casa de banho e despensa durassem, mas como isto se está a arrastar mais do que esperávamos e o S. Martinho calhou ao Domingo, condescendi…
Assim, no passado fim-de-semana juntámo-nos a comer castanhas. O Carlos fez uma das melhores empadas de galinha para o almoço e passámos uma bela tarde. O Miguel assim que entrou classificou o tipo de decoração que temos na sala: decoração cigana!
 Mas penso que gostaram do que viram, embora ainda longe de estar concluído. Até porque eu estou sempre a inventar… Na cozinha temos uma lareira onde antigamente se cozinhava e que raramente acendemos porque defuma mal e aquece pouco. Depois de muito pensar, decidi que tirávamos mais partido dela se instalássemos um fogão a lenha. Se bem o pensei… Já andámos à procura e está mais ou menos decidido sobre qual comprar. Só que antes, há que tirar os “penedos” de dentro do espaço da lareira: neste tipo de lareira o lume não é feito no chão mas a uma altura de quase 1m, o que equivale a dizer que para lá enfiar o fogão temos 1m cúbico de pedra para tirar…
Também a parte eléctrica já está toda alterada. Com a ajuda preciosa do meu colega e amigo Duarte, passamos o contador para a rua e montámos um novo quadro com circuitos melhor definidos.

Quero aqui agradecer ao Duarte o sacrifício de ter subido ao poste para tratar da baixada. E também à Fernanda, a esposa, pela paciência de nos aturar. Ainda por cima trouxeram um coelho para grelhar, com um molho preparado pela Fernanda que estava um espectáculo. Quem tem amigos assim…



O nosso pedreiro, o Norberto, é um ponto. Como todos os artistas desta profissão, está habituado a fazer tudo a régua e esquadro, tudo “certinho direitinho”… Mas na nossa casa o que mais gostamos é de paredes tortas, pedras à vista, madres enviusadas, enfim, exactamente o contrário do que ele está habituado a fazer. Quando lhe dissemos para não esquinar as paredes, foi bonito! “Eu não sei fazer isso assim…”, disse ele e lá se prontificou o Carlos a desfazer as esquinas. Já tínhamos brincado com ele, dizendo-lhe que lhe íamos esconder o nível, ao que respondeu que ia levar as réguas porque na nossa casa não faziam falta… “Não digam a ninguém que fui eu a fazer a janela, olhem a minha reputação…”

Tecto WC com isolante
Chão WC

Portas WC resgatadas do ecoponto

Despensa (ou o tunel como diz a Gê...)

Com as minhas invenções e o tempo que estamos a demorar, estou a ver que chegamos ao Natal e ainda não temos as coisas prontas. Veremos!

Mena e Carlos

terça-feira, 30 de outubro de 2012

“Inauguração” …

Este fim-de-semana tivemos que fazer uma inauguração forçada da casa de banho…
Por causa de termos de abrir buracos, melhor dizendo crateras, na frontaria da casa para pôr as caixas do contador e ramal, e  porque nesse sítio passava um cano de água que abastecia o chuveiro no wc existente, ficámos sem água quente na dita e a alternativa foi passar a tomar banho no polibã da casa de banho nova, mesmo sem estar acabada. O que interessa é que funcionou!
Poliban
Futuro quadro electrico

Fialhada electrica
Mas o Carlos teve um trabalho sério para conseguir o espaço para as ditas caixas. Realmente fazer estes trabalhos numa parede de pedra é obra. Foi com rebarbadora, martelo eléctrico e berbequim para conseguir partir as pedras que, como sempre, ficavam exactamente no sítio onde não deviam. Também deu uma martelada na mão, mas isso faz parte. Como havia procissão lá no largo e deitavam foguetes,  não sei quem fazia mais barulho, se o Carlos com as suas máquinas ou os foguetes.
Na semana que passou não adiantámos muito o trabalho porque esteve a chover todos os dias. O pedreiro, que era para ir na quinta e sexta passadas, desistiu. O Carlos aproveitou e abriu o buraco para a futura janela, mas só do lado de dentro, para não entrar água nem bicharedos; como ontem o pedreiro voltou, já começou a tratar da janelita da casa de banho, que pelo tamanho parece mais um postigo…
Janela wc Interior


Janela wc exterior

Janela wc acabada
No Domingo fomos à horta apanhar algumas nozes da nogueira da D. Domingas e ainda trouxemos tomate e pimentos. Está lá um ervaçal com algum jeito… E as minhas amigas silvas já estendem os seus braços…
Vamos ver se no próximo fim-de-semana conseguimos dar um jeito naquilo…

Mena e Carlos


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Pó – parte II

Pois é, o pó continua a fazer parte das nossas vidas… 
E, falo eu em parte II, mas ainda não sei quantas “partes” ainda vão acontecer…
Porque será que connosco é sempre tudo tão difícil? Até aqui pensei que seria por sermos nós a fazer, mas agora temos o pedreiro e continua a não estar fácil… Depois de descobrirmos que temos um pavimento lajeado no futuro hall, apareceram mais lajes na parte de fora da casa e, claro está, no local de passagem do esgoto. Ai queriam lajes? Tomem lá! Mais uma vez o Carlos teve que improvisar, para conseguir partir em bocados a dita e deixar o caminho livre para a passagem dos tubos. Tem apanhado cada tareia…


Laje cortada para passar esgoto
Decoração cigana na cozinha

Tentativa de reter o pó...

Canalização WC
E não é só a laje que lhe dá tareias, o pedreiro também: trabalha tão depressa que o Carlos, que está de servente, não consegue dar vazão a tanto pedido… Realmente o Norberto é uma máquina a trabalhar e tem aquela particularidade de raciocínio rápido e dar ideias. Como lá esteve 3 dias seguidos a trabalhar, já só falta abrir a janela para a rua e pôr o chão na casa de banho.


Betume nos azulejos
Futura janela
Este fim de semana, o Carlos andou a acertar os pedaços de lajes que tínhamos retirado para passar o esgoto, de modo a recolocá-las (teve que abrir rasgos por baixo para não partir os tubos) e arranjar bocados para completar os espaços que não tinham. Lá entrou em cena a rebarbadora, só que foi na rua. No entanto, assim que apanhava uma porta aberta, lá entrava o Sr. pó sem ser convidado…
A bela da rebarbadora...
Adeptos das velharias, lá fomos desencantar um móvel para pôr o lavatório aos Emaús (já somos clientes assíduos…). Trouxemos um antigo pechiché arte nova (em francês, psyché que é muito mais fino…), com o corpo central rebaixado em relação aos laterais, onde vamos colocar o dito, uma móvel lindíssimo com seis gavetas também desniveladas e que ainda tem atrás os autocolantes do fabricante. Espectáculo! Inicialmente tínhamos pensado pôr uma pedra mármore a todo o comprimento, para não inutilizar a primeira gaveta e dar altura, mas estivemos a ensaiar e gostámos muito mais de ver o lavatório no desnível do meio. Agora, há que tratar a madeira e voltar a dar-lhe o brilho de antigamente…

E a horta? Nada, nem uma alface para amostra… Não tem tempo para nada, nem para cortar as ervas.
Lá teremos que comprar as couves do Natal, porque da horta…

Mena e Carlos

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

De volta… Com pó!

Tenho andado muita afastada da escrita no blog… O dias têm sido curtos para o meu desempenho profissional e chego a casa tão cansada que não tenho tido a dedicação necessária  a este espaço de que tanto gosto. Fizemos já o dia de comidas italianas, comemorando o aniversário da Inês...
Mas hoje é o dia! E de volta… Com pó! Muito!
Desde sempre foi nossa intenção fazer uma nova casa de banho e uma despensa e o local pensado era o espaço da antiga sala de jantar, que fica por baixo do nosso quarto… Como a área é de cerca de 15 m2, lá fizemos a “planta” onde incluímos também um hall, porque a porta aí existente passará a ser a entrada da casa.



Despensa em construção

Também já tínhamos assumido que teríamos que contratar alguém, para conseguir, mais rapidamente, concluir a obra. E assim fizemos: o pedreiro levantou as paredes que dividem os espaços e o resto do trabalho (servente, electricista e canalizador) fica por nossa conta. O Norberto (o pedreiro) foi para lá no dia 25 de Setembro e começou o martírio… Não por ele, que só lá esteve nesse dia e fez o que tinha a fazer, mas pelas condições em que está a casa: por mais que limpe, só vejo pó por todo o lado…
Cabelo branco (do pó...)

Abrimos uma porta na parede de taipa e fomos inundados por aquela brancura em cima dos móveis, no ar, no chão… Arrancamos um bocado de rodapé, cai a cal da parede (aproveitámos e tirámos tudo e a parede vai ficar com pedra à vista) e tivemos… pó. Retiramos as aduelas das portas e somos brindados com mais pó (desta vez com pó de madeira podre também…).
Aros das antigas portas
Madeira bichada
Tem sido uma fartura, mas este fim de semana foi o ponto alto… Tínhamos que abrir roços no chão para passar o esgoto e a tubagem da água mas tivemos uma surpresa: para além da pedra com quase 30 cm de espessura que estava na soleira da porta e que estava tapada com chão de mosaico, apareceram duas lajes enormes, que também estavam escondidas debaixo do “maravilhoso” mosaico, uma delas com cerca de 3 m de comprido. Nós que tanto suspirámos por chão lajeado e que até agora não tínhamos encontrado, fomos agora surpreendidos com este presente, um bocadinho envenenado, é certo, porque nos atrasou o trabalho todo… Mas nem tudo é mau: o hall de entrada e o espaço onde nasce a escada vai ficar em laje. Yes! Estamos encantados, o problema foi resolver a passagem dos canos…

A laje com 2m de comprido

A bela da laje


Trabalhos forçados

O Carlos, como é um rapazinho cheio de ideias, teve logo solução: retirar a pedra da soleira e cortar ao meio a laje imediatamente a seguir, de modo a permitir a passagem dos tubos. E com que máquina? Aquela coisa maravilhosa que se chama rebarbadora! Assim que entrou na pedra, projectou tanto pó que deixámos de nos ver um ao outro, parecia que estava nevoeiro dentro de casa… No fim do dia, apanhei com uma pá o pozinho do chão, tal não era a quantidade… Aspirei o que pude, mas já não quero saber, quando as coisas estiverem mais calmas, vai uma barrela de alto a baixo.
E lá estão os buracos abertos para os dito canos, as pedras não podiam ser mais teimosas que nós, dois aquarianos … O melhor mesmo foi levar para a rua a pedra da soleira, que com uma largura de quase um metro e uma altura de 30 cm, foi um pesadelo… Como já disse antes, às vezes gostávamos de ter uma câmara montada para filmar as nossas figuras: davam uns filmes bem divertidos… Ontem, tudo serviu para convencer a pedra a ir para a rua, desde bocados de barrotes, alavanca, pedras e, claro está, a nossa força. Ao fim de um dia de trabalho todos transpirados, cobertos de pó (parecíamos moleiros…) a pedra não se iria ficar a rir… Já dormiu a noite na rua…
Esperamos que este tempo passe rápido…
E Raquel, gosto muito de ti (ela vai perceber)!

Mena e Carlos