terça-feira, 30 de agosto de 2016

Coisas que acontecem…

Estávamos nós ainda a celebrar o casamento, quando surge um acontecimento infeliz… A Leonor partiu uma perninha!
Ao tropeçar num boneco, na sala e em frente à Mãe, cai mal e partiu o fémur esquerdo… Foi uma grande preocupação, teve que ser anestesiada para se colocar o osso no lugar e engessaram-lhe a perninha do tornozelo à cintura… Os primeiros dias foram muito difíceis, com a menina a queixar-se das costinhas porque não tinha posição para estar, a queixar-se da perna e a pedir aos pais para lhe tirarem aquilo porque queria saltar e dançar… Terrível, só quem passa por isto… E tormento está para durar entre 4 a 8 semanas…
Agora, passados mais de 15 dias, a Princesa está mais calma, já não tem dores (ou pelo menos não se queixa) e já lida melhor com o peso morto que é aquele gesso todo. Já consegue inclusive voltar-se de barriga para baixo na cama e sabe que só pode por no chão o pezinho direito, porque o esquerdo tem “doi-doi”…
Apesar de já ter ido à consulta de acompanhamento e estar tudo a correr bem, o meu coração de Avó só vai descansar quando, em finais de Setembro, a vir sem aquele peso morto, necessário, mas que torna tudo tão difícil.

Para quem criou três filhos e que felizmente nunca passou por esta situação, não é nada fácil de lidar. Queria ser eu a estar no lugar dela, coitadinha…

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

“A igreja estava toda iluminada…”

Depois de em Fevereiro termos recebido a notícia do ano “estamos noivos, vamos casar em Agosto”, o meu filho casou-se… E com direito a tudo, igreja, véu e grinalda, lua-de-mel, tudo…
No passado sábado, o Ricardo e a Catarina casaram-se, numa cerimónia bonita mas com a descontracção possível, num dia como este…



O dia começou fresco na piscina da quinta, para quem quis (ou pôde…). A Leonor estava deliciada com os mergulhos… As horas passaram a correr e quando demos por isso era já tempo de ir para a igreja. O noivo chegou em cima da hora prevista, mas a noiva… Uma hora de atraso! Penitencia proferida pelo padre? Cinco filhos! Chiça!


Foi emocionante, mas seguramente divertido, com os familiares mais próximos e os amigos de longa data a apoiarem e participarem. Agora andam aí pelo mundo…

Só podemos desejar-lhes toda a felicidade do universo!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

O Palheiro

Pois então, lá voltámos ao Palheiro…
Largámos as paredes e focámo-nos em construir a mezanine. Para isso, foi necessário que o Norberto fizesse uma viga em cimento e ferro por cima da porta de entrada e, já agora, que alinhasse as paredes laterais com a viga. Só depois disto feito se poderia iniciar a mezanine porque os barrotes de sustentação da mesma seriam colocados na dita viga. E assim, decidimos comprar o chão e pregos e já prevíamos um coro de martelanço que devia acordar a aldeia inteira… Mas, ao ver na televisão um programa de bricolage, percebemos que se tivéssemos uma pistola a ar comprimido (temos uma eléctrica mas só dá para pequenos pregos…) tínhamos a tarefa muito facilitada. E lá investimos alguns cobres numa daquelas máquinas ruidosas (pelo menos evitámos o barulho dos martelos a bater!) mas que nos dão a possibilidade de não termos um braço todo lixado ao fim de uma hora de martelanço… Benditas máquinas!
Com cerca de 4 horas de trabalho, conseguimos construir a mezanine e ainda refazer uma parte de parede em pedra que estava caída, para chegar (quase) ao chão que tínhamos posto.
O Carlos está louco para construir a escada de acesso à mezanine e pensámos: se no próximo fim-de-semana tivermos tempo, vamos fixar os barrotes de apoio à escada e à parede…
Tudo mentira! Não fizemos nada disto… O que escrevi acima foi em Maio, entretanto fomos de férias (maravilhosas por acaso…) e quando voltámos, como vínhamos descansadinhos, vá de ir para a biscatagem…







Tínhamos combinado com o Norberto tratar do telhado nos restantes 4 dias de férias… Que má ideia! Íamos morrendo logo no primeiro dia… Começámos às 8h da manhã e acabámos às 9,30h da noite, completamente a morrer. Ainda por cima começou a chover, o que no nosso caso faz parte, pois sempre que vamos para cima do telhado chove… Tirámos as telhas, tratámos as vigas, pusemos o entabuado e… levámos com chuva; no dia seguinte já com o Norberto em campo, foi colocar o isolamento as ripas, a claraboia e finalmente, telhar para que a malvada chuva não entrasse…





 


Nos restantes dias, nivelámos o chão, fizemos a janela e tentámos definir o sítio da futura porta que irá ligar o palheiro à nossa casa. Aqui a coisa não correu bem…  







Foi assim: espetamos um ferro de construção na parede do palheiro, pela altura que imaginávamos ser a correta para a ombreira da porta, o Norberto e o Carlos ficaram do lado do palheiro e eu fui para a casa da manjedoura que faz paredes meias com o palheiro… O Norberto começa a martelar o ferro e eu à espera. A determinada altura pareceu-me ouvir cair umas pedrinhas, areia, sei lá, por cima da minha cabeça, ou seja no chão do quarto. Fui ver, mas não consegui perceber nada. Chega o Carlos e relato o que me tinha parecido ouvir. “Não! Deves ter ouvido mal…” Volta para junto do Norberto, mais umas marteladas e… catrapus! Cai qualquer coisa no chão do quarto… Mandei parar, subi ao quarto e lá estava um bocado de reboco caído: mais umas marteladas e o ferro ficava espetado na comoda encostada a esta parede…
Constatámos que o palheiro está cerca de 80cm acima do nível da nossa casa, o que provocou uma alteração de planos… Tivemos que deixar um espaço sem chão junto à parede, tipo caixa, para no futuro fazermos uma escada de três degraus (pelo menos): a porta vista do lado do palheiro vai parecer uma porta anã… Sempre que tentamos abrir portas de comunicação, a coisa complica-se. É como nos telhados, sempre que pensamos em mexer nos telhados, chove…
Cada um é para o que nasce…

Entretanto, também se colocou a janela e… Parámos. É verão, há que aproveitar o sol e a praia. No outono/inverno voltamos…