segunda-feira, 4 de março de 2013

Quem Diria?

Pois é, quem diria que iriam passar mais de dois meses sem escrever no Blog? Mas é verdade! O tempo passa rápido de mais e quando damos conta, já vamos no terceiro mês do ano…
Também é verdade que profissionalmente tenho tido um inicio de ano em cheio, que me deixa de rastos e sem tempo livre nem vontade de escrever. E tanta coisa aconteceu…

Começámos o ano com aquilo a que chamámos o “Natal 2”, juntando quem não pode estar no Natal, Belinha Paula e Kiko e também a Raquel, a Patrícia e o Ricardo. Outra vez cozinhar até mais não, comer até cair para o lado e lavar loiça até ao infinito (a porcaria da máquina só foi arranjada em meados de Janeiro e lá voaram 140€…), mas desta vez tínhamos a Paula, eh, eh, eh… Foi muito bom, trocámos o resto das prendas e pusemos a conversa em dia.
Já em Fevereiro, para nós, mês de aniversários, mais comezaina… O Icks fez anos no dia 10, Domingo, e a comemoração foi ao jantar; para além do Mike, que continua em Londres, temos mais uma falta: o Miguel foi para Madrid fazer um estágio durante seis meses… No dia seguinte era dia de aniversário também, desta vez do Carlos… Como era uma segunda feira e não íamos fazer nada, aproveitei estarmos “todos” juntos para lhe dar a prenda que andava a preparar desde Janeiro e que todos já conheciam: um fim-de-semana em Paris, a iniciar no dia dos namorados e a finalizar a 17, com os meus anos pelo meio. Ficou tão apalermado, que nem conseguia perceber o que se estava a passar…


E lá fomos nós… Um alentejano em Paris…
 Foram dias muito intensos em tudo: frio, cansaço, descobertas e romance (é preciso não esquecer que Paris é a cidade do amor…). Eu, que já era a 5ª ou 6ª vez que lá ia, consegui ir a sítios onde nunca tinha estado e mesmo onde já tinha ido, descobri coisas novas. E valeu tanto a pena… No dia dos namorados, jantar em Paris à luz das velas e com champagne; no dia dos meus anos, dia 16, jantar num restaurante com decoração Art Noveau, que entrou num filme com a Diane Keaton e o Jack Nicholson, o “Le Grand Colbert” e que era um sonho do Carlos. Para além da celebração dos meus anos, era a nossa última noite na Cidade Luz… E foi muito bom, o Carlos vingou-se e sem eu perceber “contratou” um bolo no restaurante e toda a gente me cantou os parabéns… Ia morrendo e comecei a chorar feita parva…



Depois foi voltar à realidade…
Quanto a obras, está tudo muito calmo porque, com estes despesismos o dinheiro não abunda. De qualquer modo, a obra maior é para fazer no Verão (substituir o telhado) e até lá vamos fazendo pequenas coisas, como armários por debaixo do pial (pedra mármore tradicional nestas cozinhas), pequenos acabamentos que ficaram das obras. Ainda falta a porta da despensa e substituir dois degraus da escada.
Depois do Norberto ter acabado esta fase do trabalho, o páteo ficou cheio de restos de material e pedras que se tiraram da lareira da cozinha. Havia que limpar aquilo tudo, mas uns dias porque tínhamos mais que fazer, outros, porque estava a chover, a coisa não se deu… Até que num sábado de sol, disse ao Carlos que tinha que ser! E, enquanto ele andava no terreno a cortar ervas, eu deitei mãos ao trabalho: carreguei tudo o que havia no páteo para as traseiras da casa. Ao carregar umas pedras, quando as deixei no carrinho de mão, vi uma coisa a mexer… Ia morrendo! Entre duas pedras que eu tinha acabado de levar, estava uma cobra, pequena é certo, mas uma cobra… Pensei: vou matá-la! Qual quê! Fiquei paralisada de medo… Fui ter com o Carlos e foi difícil chegar até ele porque tinha que passar em sítios com erva alta e não estava a conseguir entrar na erva (o pavor é uma coisa terrível…), mas lá me decidi e quando cheguei ao pé dele nem conseguia falar, tal não era o meu estado. Só conseguia chorar… Que figura! Mas é incontrolável… Lá foi ele armado em cavaleiro e matou o “monstro”… O Norberto e a mulher viram-me e devem ter pensado que não batia bem da bola, mas é o que temos…
E já temos horta!!!!
Na passada semana comprámos couves, alfaces, brócolos, pimentos, tomate e pepinos e já estão na terra. Este fim-de-semana, comprámos ervilhas e morangos. As ervilhas também já estão semeadas e os morangos em vasos (não quisemos arriscar a partilhar os morangos com os coelhos…). Só não temos favas, porque já não é altura de as semear… O Carlos tem tido um grande trabalho a tratar a terra, porque como estivemos com as obras desde Setembro e choveu sempre muito, não houve tempo para trabalhar a terra e fazer horta. A erva é tão nossa amiga… Cresce descomunalmente… Já não podemos podar as árvores que faltavam tratar e o Carlos vai passando com a moto enxada aos poucos… Gostei de ver o composto que tínhamos iniciado há um ano: deu uma turfa óptima. Já vamos começar outro monte…
 E temos canteiros com ervas de cheiro...

Mena e Carlos