segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Passeios

No fim de semana de 15 de Agosto, o Minho foi o nosso objectivo, mais concretamente a visita à minha família, pois já há dois anos que não lá íamos. Como de costume, ficámos na casa que para mim vai ser sempre a “casa dos meus avós”, actualmente das minhas tias e prima e que tão boas recordações me traz dos verões que lá passei e das saudades de quem já não está. Matei saudades…
Sempre que volto, tenho uma pena imensa que o meu pai seja o único de 8 irmãos que não tenha um espaço próprio na Vila, que não me tenha ajudado a ficar com parte do quintal da “casa dos meus avós” por altura das partilhas. Pena é que a distância seja tanta, mas fazer cerca de 750 km ida e volta, vai-nos limitando as viagens; claro que se tivesse um espaço meu, só tinha que contornar o problema da distância. Não perco a esperança de um dia poder vir a conseguir…
Aproveitámos para dar um saltinho a Viana do Castelo, já toda engalanada para as, tão tradicionais, festas da Senhora d’Agonia. A cidade estava linda e ainda não tinham começado os festejos; só foi pena não podermos ver as festas propriamente ditas, mas é uma coisa que queremos fazer, é uma questão de tempo… 






Trouxemos vinho verde particular e carne (de porco) salgada em casa. Parece que estamos mesmo a voltar atrás no tempo, pois os meus primos que tanto desdenhavam o trabalho no campo (eu também…) agora têm hortas com produtos bio, criam animais para consumo próprio, salgam a carne e fazem enchidos, como via acontecer nos meus tempos de miúda. Já disse ao Carlos que temos que lá voltar em altura de matança de porco (menos no dia que matam o dito…) e participar no desmanche do animal…
Claro que a visita não ficava completa se não fossemos ver o rio Neiva e a sua levada, com a água límpida a convidar ao mergulho. Tenho pena que a Junta de Freguesia não aproveite o potencial que ali tem e deixe que a vegetação selvagem invada o leito e as margens e até o caminho que antes conduzia ao rio. Dá Deus nozes a quem não tem dentes…
Outra coisa que não poderia faltar é o pão de ló feito pela Fátima, amarelinho e fofo, e o creme (leite creme) da Tia Paulina.
Todos os anos no dia 15 de Agosto, ocorre a romaria á Senhora da Aparecida, numa pequena localidade perto. Claro que viajando para Norte no mesmo dia da romaria, não pude lá ir. Mas como o Carlos não conhecia, no Sábado passamos lá. Concluí que já há quase 30 anos não visitava o local e que o tempo passado tornou tudo mais bonito ainda: sentia-se uma paz naquele local, fruto da altitude e da paisagem que temos em redor… Existe duas capelas muito bem conservadas e numa delas, construída num penedo, existe uma passagem estreita que passa por baixo da dita e que tem um ditado antigo: quem passar lá e bater com as costas no penedo (temos que nos curvar para conseguir passar), está cheio de pecados. Claro que foi o meu caso, nem outra coisa seria de esperar. O Carlos e a Fátima fartaram-se de rir… Por pouco ficava lá entalada…




Foi bom matar saudades…

Mena e Carlos

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

De volta…

Que vergonha, já se passaram três meses e escrever… Nada! Isto só prova que o tempo não pára e corre mais depressa do que seria desejável.
Das pessoas, as notícias são boas, já recuperaram das maleitas. A Leonor cada vez está mais bonita (sou mesmo babada...)
Da casa, nada de novo. As novidades são mesmo no quintal. A pouco e pouco, vamos trabalhando para ficar mais bonito.
Neste momento está a ser construído pelo Norberto um pequeno tanque para recolha das águas pluviais, com encaminhamento das mesmas para os depósitos de 1000l que temos na zona da horta. Começou hoje a parte de pedreiro, porque o resto já tínhamos preparado, quer o terreno onde vai ser implantado, quer o transporte de material para o local do crime: carregámos à mão 120 tijolos, 8 sacos de cimento e 10 de argamassa e reboco, e esperamos que chegue. 








Também este fim de semana tratamos de um problema que tínhamos no telheiro das traseiras e que, esperamos, fique resolvido: quando há 2 anos o construímos, decidimos colocar telha marselha; o problema é que o telheiro ficou com pouca inclinação, pouco ponto, e a água da chuva entrava molhando o forro de madeira. Agora retiramos a telha e colocámos chapas de fibrocimento em vermelho. Vamos ver se resolve… Este é o quarto verão que andamos com telhas às costas e já estamos tão fartos de telhados e telhas… Já em Junho tínhamos aproveitado telhas de canudo do antigo telhado da casa para pôr em cima das chapas de fibrocimento que fazem o telhado do “quarto das osgas”, por isso… Já estamos fartos de telhas e telhados!
Neste entretanto, fomos de férias e andamos pela costa alentejana. Cada vez estamos mais fãs daquela zona…




No próximo fim de semana estamos a projectar ir ao Minho ver a minha família com quem já não estamos há muito tempo. Lá vão ficar mais umas tarefas penduradas, mas é por uma boa causa…
Mena e Carlos


sexta-feira, 23 de maio de 2014

As partidas da vida

A vida tem destas coisas: quando menos esperamos, temos um percalço pela frente.
Este ano, a coisa não está fácil para o nosso lado: em 5 meses já andámos por 3 hospitais diferentes. Começamos o ano como acabamos, com a Mónica no Hospital para nascer a Leonor; dois meses depois, o Ricardo foi operado a um joelho e agora…
Estávamos nós tão animados com o andamento da recuperação da casa, quando a 30 de Abril, data em que escrevi o post anterior e já não publiquei, recebemos a notícia do internamento do filho do Carlos, com uma situação tratável, mas grave. Até ao passado fim-de-semana, foi uma caminhada para o hospital e uma tentativa de gerir a situação à distância de 150Km. Mas, felizmente, já está em casa…



Ainda assim, tivemos o dia da Mãe celebrado em nossa casa, com a Leonor a ir à praia, melhor dizendo, ver o mar pela primeira vez, num dia de muito sol. Como já formos muito tarde, só estivemos cerca de meia hora, porque, de repente, começou a surgir do mar um nevoeiro que tapou o sol completamente; coisas da praia na costa de Mafra…



Do que escrevi antes, pouca evolução tivemos. A única garantia é que as aboboras que comprámos afinal são… curgetes (ignorância) e que das sete couves brócolo que plantámos, restam duas e meia…







Semeámos cenouras, mas ainda não vi nada. Os morangueiros e os tomateiros têm fruto ainda verde, os pimenteiros estão na fase da flor, a nespereira, mais uma vez, deu caroços, as pereiras e macieiras já tem fruta (é bom, porque é a fruta que a Leonor come…) e as ameixoeiras estão carregadas. As duas laranjeiras estão bastante tristes, mas uma tem laranjinhas pequeninas. Temos comido bastante alface da horta/jardim e também rúcula, muito picante por sinal. Quem também tá com uma cara pior do que a minha é a oliveira; temos a impressão de que nos venderam “gato por lebre”… Veremos.


Finalmente, este fim-de-semana conseguimos começar a tratar do já quase mato que ia e ainda vai no terreno. O Carlos lá deu uma tareia com a roçadora numa pequena parte da erva que já está da nossa altura…




Finalmente também temos o alpendre traseiro habitável. Tínhamos uma mesa e um banco antigo típico da zona, das coisas que herdámos na compra da casa, que estavam destinados ao páteo. Já lá moram desde Domingo, já lá almoçamos e estreamos as espreguiçadeiras que comprámos no verão passado…
Até que enfim!


Mena e Carlos

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A coisa está a compor-se…

Começo a sentir que, apesar de ainda faltarem concretizar projectos que delineamos, a casa está cada vez mais próxima de ficar como queremos.
No fim de semana do 25 de Abril, transportámos materiais e ferramentas para a casinha de madeira que é a oficina do Carlos. Com isto, aproveitámos para fazer escolha no que havia e deitámos montes de coisa fora, desde material de construção já sem préstimo a porcarias que se vão acumulando em montes de tralha. A casinha do páteo da frente, que quero transformar numa espécie de lavandaria, ficou limpinha… Agora é só ter tempo para pintar as paredes e forrar o chão para que possa passar para lá as máquinas de lavar e secar, um móvel alto para arrumações e deixar aquilo de acordo com o que eu tenho na ideia.







O quintal vai ficando cada vez mais composto, com as plantações que vamos fazendo, bem como os arranjos: com pedras e cascalho, forrámos um caminho junto ao muro até ao local onde, neste verão, queremos fazer um pequeno tanque para recolha de águas no inverno. Nas arrumações que fizemos, íamos deitar fora um bidé. Aproveitámos para floreira…


Da horta que fizemos na zona de jardim, já comemos alfaces. Os morangueiros já têm flor mas vamos ver se comemos alguma coisa, porque à semelhança dos outros anos, só os vemos… Também temos toupeiras, o que é bom porque já se foram duas couves brócolo. As silvas (framboesas e amoras) já têm flor e as groselheiras estão em franco desenvolvimento. Temos um medronheiro plantado e um mirtilo para colocar na terra. Quando tudo começar a dar fruta, vai ser uma farturinha…


Entretanto comprámos uns candeeiros pequenos de bateria solar que pusemos ao longo da escada de pedra que fizemos. Claro que aquilo não dá luz quase nenhuma, mas fica giro, pelo menos ilumina o caminho.
Também já temos a roçadora arranjada. Agora é só arranjar coragem para começar a dar cabo das ervas no terreno…

Mena e Carlos
Na data de 30 de Abril de 2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

Ai que dor…

Dizia eu no último post que já me doíam as pernas só de pensar no que havia para fazer e ainda nem tinha começado… Pois agora posso afirmar que não só me doem as pernas, mas também os braços, as mãos… Foi um fim-de-semana de trabalho em grande…
A primeira coisa que tivemos que fazer no Sábado, foi retirar o material que nos tinha sobrado das obras, do terreno do vizinho, porque ele vai fazer obras na casa. Sem contar, lá tivemos que acartar os andaimes, madeira, chão, ferro, etc, mas teve que ser. Para essas obras o vizinho deitou abaixo uma arrecadação que tinha uma escada de pedra, que ficaram depositadas no terreno circundante… Quando as vimos, tentámos logo falar com o senhor para nos dar as pedras e não as levar para o entulho, o que só conseguimos no sábado à tarde. Ainda assim, às 6 da tarde de sábado, devidamente autorizados, lá começámos a carregar as ditas para o terreno. E para quê, é a pergunta que se põe… Para fazer a escada no declive que vai desde o muro até à parte “mais plana” do dito: isto é para rir, pois o terreno é todo ele a descer…






E como não se consegue chegar com o carrinho de mão até ao terreno, há uma parte que tem que ser à mão mesmo. Tendo em conta que algumas eram lajes, podemos dizer que foi um trabalho de peso. E ainda lá estão 3 bonitas lajes que são demasiado pesadas para as conseguirmos transportar, mas já me surgiu a ideia de as partir ao meio e assim aproveitá-las para fazer chão… No sábado, deixámos logo 4 degraus feitos. No Domingo, fizemos o resto dos degraus e a parte em rampa até sair do terreno. A técnica foi colocar as pedras em cima da terra e entre elas, colocar também terra/lama. Assim que conseguirmos ter tempo, vamos fazer os remates com cimento por forma a evitar que cresçam ervas. Também, plantámos uma oliveira e um medronheiro. Como tinha estado a chover, não sei onde havia mais lama, se no chão se nas nossas botas de borracha e nas roupas. Parecíamos uns pedintes…

A nossa decepção foi a outra porta dos quartos que queríamos recuperar… Estava completamente destruída pelo bicho da madeira. Por debaixo da tinta castanha existiam auto estradas de bicheza… Foi tempo perdido e se tenho começado por esta porta, nem tinha mexido na outra que até está boa, ou quase, pois também tem algumas dentadas… Ainda assim foram 4 horas perdidas a arrancar tinta.



O que ficou por fazer? O que havia sido projectado, ou seja, carregar as ferramentas para a casinha/oficina… Fica para o próximo fim de semana…
Ai que dor!


Mena e Carlos

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Tanto trabalho para fazer… E tão pouco tempo disponível…

Em nossa casa há sempre que fazer… E não estou a falar das tarefas domésticas, falo mesmo de trabalho relativo à recuperação da casa e manutenção dos envolventes. 
Estamos nos acabamentos finais dos quartos, mas ainda falta envernizar as aduelas das portas, recuperar as portas antigas e instalar os interruptores dos candeeiros de tecto… Sempre ouvi dizer que os acabamentos eram a pior coisa de uma casa e de cada vez que recuperamos os espaços, os acabamentos são o tormento… Na sexta-feira passada, tirei um dia de férias porque queria a todo o custo perceber se as portas antigas dos quartos davam para recuperar: estavam pintadas a tinta de óleo, castanho chocolate de um lado e creme do outro e como já tinha sido enganada com outra porta da casa que não resultou, tinha que experimentar. Lá me armei de lixadoras e soprador de ar quente com raspador e à hora de almoço já tinha tirado toda a maravilhosa tinta castanha. Logo nos primeiros minutos pude concluir que dava para aproveitar as portas, pois por debaixo da tinta a madeira era clarinha. No final do dia de sexta-feira, já deixei a 1ª porta pronta para uma lixadela final, com tratamento do bicho feito, a aguardar verniz ou cera, ainda não sei bem. Agora tenho a outra para fazer o mesmo…






Mas comos os projectos são mais que muitos e no sábado, em vez de tratar a outra porta, fomos para o quintal…


Era uma grande mágoa nossa nunca mais ter uma horta, mas realmente o tempo não nos sobra… Entre os nossos empregos, o chegar a casa cerca das 20h, os trabalhos na casa e, muito importante, a família e o seu mais recente membro, a Leonor, os dias passam a correr (e a chuva também não ajuda, verdade se diga).  Mas, lá arranjámos uma solução… Ao ver nos programas da 24kitchen, onde se mistura jardim e horta, flores e couves, encontrámos a solução: esquecemos os 1500 metros quadrados de ervas que temos para “roçar” no resto do terreno e dedicámos a nossa atenção ao espaço de jardim (sem esquecer que a roçadora que comprámos em Maio do ano passado se recusou a trabalhar e está no Aki a arranjar). Sem querer, já tínhamos tido provas de que misturar flores e horta, resultava, porque a salsa que nasceu livremente no meio dos canteiros de flores, está muito maior e mais viçosa do que a que está no canteiro criado para o efeito. Deitámos mãos à obra, tratámos do matagal de ervas na zona das casinhas de madeira, o nosso jardim, criámos um canteiro onde colocámos tomate, pimento, alface, curgete, beringela e morangos, tudo em quantidades muito reduzidas, mas que vai dar para fazer o gostinho ao dedo. 












Finalmente! Assim, entre isto e preparar o espaço para criar uma escada na inclinação do terreno, por baixo da qual tinham que passar tubos que irão sair do futuro pequeno tanque de recolha de aguas que vamos fazer, cavar uma valinha, colocar os ditos, tapar e dar forma aos espaços, decidir onde plantar uma oliveira e dois (sim dois) pés de uva de mesa, definir canteiros para colocar framboeseiras, groselheiras e amoreiras, foi um sábado muito proveitoso… Queremos fazer as coisas com pés e cabeça para não ter que alterar no final.
A casinha maior, que vai servir de oficina para o Carlos, já tem chão, o que já permite começar a carregar as coisas para lá. Estamos a prever que o façamos no próximo fim-de-semana, se o tempo ajudar…
 Já me doem as pernas e ainda não começamos…

Mena e Carlos