sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Preparar o Inverno

Neste dias em que já se nota a descida da temperatura, temos que começar a pensar  no aquecimento da casa… Como não temos lugar para guardar lenha vamos ter que pensar numa alternativa e que será tapar com plástico. Só que a chuva do passado fim de semana apanhou-nos distraídos…Eu sei que os avisos foram mais que muitos, mas a alma portuguesa tem sempre a mania de facilitar e claro que agora temos que esperar que o tempo melhore.. .
Mesmo assim, ainda conseguimos acabar uns pormenores que faltavam na estrutura da casa: caiamos a frente, os muros da frente e os anexos.

 Numa sexta á tarde, quando cheguei a casa estava o Carlos de máquina de pressão em riste a lavar a frente da casa: saiu tanta porcaria que as plantas que estavam no páteo ficaram todas brancas… Depois foi caiar de branco e, como era nossa ideia, fazer uma barra em azul. O azul não saiu exactamente como queríamos, ficou demasiado claro, mas por agora é o que temos. Passámos um fim de semana a caiar, mas não foi tão difícil com imaginava, até gostei. É muito mais fácil do que pintar a rolo.


No passado fim de semana, andamos a pintar, com membrana especial para os telhados, as caleiras e uma lateral do telhado da sala. Também caiei a chaminé de branco e azul e que, segundo o Carlos, ficou ao contrário do que deveria: eu pintei as laterais de branco e o desenho de azul, e ele diz que não é assim. Pormenores…
Mas o Domingo não acabou muito bem… A chuva era tanta, o vento tão forte que começou a entrar água pelas janelas e porta… Fartámo-nos de pôr panos no chão e nas pedras das janelas para apanhar a água que entrava. O pior mesmo foi quando começou a pingar na sala… O raio de uma caleira plástica que já tínhamos isolado com cinta adesiva deu em pingar… Depois começou a aparecer humidade em algumas zonas laterais do telhado, locais onde não tínhamos pintado com a tal membrana. Resultado: o Carlos ontem andou a tarde inteira de rolo na mão a proteger o que tínhamos achado que não era necessário… Uma vez que temos muita tinta, há que aproveitar e proteger.
Estava um bocadinho desgostosa, por ver tanta água, mas depois do que vi nas noticias percebi que a situação foi difícil em muitos lados. Vamos lá a ver se já conseguimos enganar a chuva…
A nossa verificação das entradas da água levou-nos até ao “quarto das osgas” (eu acho que vai mesmo ficar este nome…), porque havia escorrências do telhado, que é de chapa de fibrocimento, e mesmo nas paredes. O que lá vi de imediato? Pois claro, osgas… Como entram facilmente pela “janela” que lá existe, porque tem frinchas, lá estavam elas todas felizes e contentes … Gritei ao Carlos, que se armou de um pau e matou as duas que vi. Vamos lá a ver se há mais, mas enquanto não substituirmos a janela, vamos correr sempre este risco… De qualquer forma, fiquei com a certeza de uma coisa da qual já havia falado ao Carlos: o telhado de fibrocimento não é estanque, necessita de protecção com a dita membrana, por isso ainda bem que isto aconteceu antes de termos posto o tecto de madeira, pois, caso contrário, o prejuízo seria grande. Tá-se mesmo a ver o que vou fazer no próximo fim de semana ,se o tempo permitir, claro: aí vou eu para o topo do mundo… Do telhado, queria eu dizer...

Bjs
Mena e Carlos

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Férias… Finalmente!

Finalmente uns dias de descanso… Fomos até Norte de Portugal, descansar o corpo e encher os olhos com aquelas paisagens maravilhosas. Que saudades tinha do meu Minho…
Fomos até ao Lindoso, que foi sempre (ou quase…) o nosso ponto de partida. Visitamos em primeiro lugar Barcelos, no dia em que se realiza a “mítica” feira local. Continua o máximo! Ele é fruta, ele é cacos, roupa, cestos, flores, animais, mobília, animação, gente Minhota a dizer aqueles palavrões que fazem parte do vocabulário, tremoços e azeitonas, artesanato, ferreiros, enfim um mundo que revivi… Nos meus tempos de criança não havia verão nenhum que não fossemos com os meus avós à feira de Barcelos e isto foi recordar um pouco esses tempos…
Andámos pelo Gerês, por vilas minhotas e fomos até Santiago de Compostela. No Gerês, para além das paisagens maravilhosas, vimos aldeias com casas em granito, com bois e vacas a passear na estrada, mas a mais bonita foi “Brufe”. Linda! Quem nos dera ter uma casita ali… Visitámos os espigueiros do Soajo, que surpreende pela quantidade, pela beleza do conjunto. Tem o fim de servir a comunidade e ainda hoje é usado…
Santiago já conhecia, mas o Carlos não. Religião à parte, é  um espaço monumental muito bonito. Estava um frio do caraças, já havia gente vestida outonalmente, mas aqui os portuguesinhos iam de manguinha curta e casaquitos leves… Foi de bater o dente… A viagem foi um esticão grande, mas valeu a pena. O pior foi mesmo no regresso: passámos por Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura e quisemos fazer a estrada que liga Paredes a Arcos. A “Leopoldina” mandou-nos pela serra: noite escura, curvas e mais curvas e incêndios… Foi um alívio chegar a Arcos de Valdevez…
No sábado, fomos visitar a que,  para nós, é a vila mais bonita de todas que vimos, Ponte de Lima. Linda de morrer! Estivemos foi pouco tempo porque liguei às minhas tias a dizer-lhes que estava perto e que ia lá depois do almoço. Foi logo uma guerra … “Tens que vir almoçar, se não vieres levamos a mal, etc…” e teve que ser. Foi muito bom. Tinha muitas saudades delas e da minha prima, receberam o Carlos de braços abertos e acabámos por dormir lá em casa de Sábado para Domingo. Por isso, tivemos que ir ao Lindoso e voltar durante a tarde…
Jantámos uns rojões maravilhosos, com a farinheira de tripa de porco que eu adoro e claro que não faltou o belo do creme (leite creme) e do pão de ló (e vinho verde...). Também havia um pudim de café muito bom. Éramos nove à mesa, porque as minhas tias e prima convidaram o Bide e a família para jantar. Foi muito divertido, só tenho pena que o tempo tenha sido tão curto que não deu para ver mais ninguém da restante família. Mas em breve quero lá voltar… Ali estão as minhas raízes, algumas das minhas melhores recordações de infância…
O Domingo era dia de regressar… Apareceu outro dos meus primos que fazia parte da trupe da minha infância/adolescência, o Mingos . Foi uma conversa rápida, porque o tempo era muito curto, mas deu para matar saudades.
Claro que vir e não trazer nada era impossível… Desde vinho a flores, houve de tudo um pouco. Até uma forma de barro que é de fazer pão de ló e que já não era usada… Vai ficar linda no móvel da sala, pois é uma recordação que quero guardar. A propósito, também cravei ao Mingos um pedaço de madeira de carvalho que era do coberto no quintal do meu avô e que vai servir de sustentação à chaminé do forno. Já andávamos à procura de uma coisa destas há muito, mas esta tem outro sabor: quando olhar, vou lembrar que era da casa do “padrinho”  e da “madrinha” (assim como a forma…). E então depois do Carlos o ter lixado…
Claro que também “comprámos” coisas, poucas, diga-se. Como passámos em zonas de castanheiros, andámos a apanhar ouriços de castanhas e ramos de castanheiro, não sem levar umas picadas pelo meio. Também num outro sitio houve uma árvore que me suplicou que trouxesse um raminho e eu não me fiz  rogada… Escondi dentro do casaco, pois não é permitido apanhar (é um tal que tem umas bagas…) e está em incubação. Mas quando chegámos a casa, tínhamos um saco cheio de dióspiros à porta. Como não íamos conseguir consumir, fiz uma tachada de doce…
Agora é tempo de voltar às rotinas… E tempo de bulir com força na casa…
Bjs
Mena e Carlos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Agora só falta a inauguração oficial…

Depois de oito dias a andar com a tralha na sala de um lado para o outro, para colocar os móveis nos locais destinados (a decoração já estava toda pensada, com excepção de 2 mesas de apoio de que nos tínhamos esquecido e dos quadros que ainda temos que estudar…), já temos uma sala!
Que saudades tínhamos de estar confortavelmente deitados naquele belo e largo sofá…  Soube tão bem ter de novo o conforto para que tanto trabalhámos nos últimos meses… Até bebemos uma tacinha de espumante à nossa saúde.
Durante a semana, fomos fazendo o que pudemos, desde envernizar  a porta de sacada, tratar do chão de tijoleira (aplicar produto para retirar cimento e óleo de linhaça para tratar), arrumar loiças, esvaziar caixas… No fim de semana, para além de encerar a tijoleira, arrumámos a mezaninne que ficou espectacular: parece a mansarda de uma pintor… Só tivemos um percalço:  o raio da cera que comprei não valia um caracol (pudera, era dos chineses…).  Ficou um espaço muito agradável: com um estrado e colchão fizemos um “sofá” baixo onde coloquei várias almofadas (O Carlos diz que é para deitar as modelos…), tem a mesa do Carlos, uma estante, uma escrivaninha, o cavalete do Carlos. Tá mesmo gira…
O pior foi pôr  a cama, estrado e colchão, que vieram de Str… Tínhamos que os pôr no quarto por cima da manjedoura e ainda não temos escada para lá chegar, por isso tivemos que passar tudo pela janela que fica a mais de 2 metros do chão, o que equivale a dizer que foi na base da corda e do bracinho… Para ajudar estava vento e foi porreiro porque parti logo uma telha do vizinho: quando tínhamos o estrado em peso, o vento empurrou-o e lá se foi a dita… Azares! O melhor de tudo foi quando descobrimos que o colchão que estava nesse quarto e que levamos para a mezaninne era exactamente do mesmo tamanho do que veio de Str… Pena foi que só descobrimos isso no fim… Serviu para testar as nossas forças… e fazer figura de urso…
À noite fui direita ao candeeiro que recolhemos do … e comecei a limpar com escova de dentes e paninho moldado. Os vidrinhos/lágrimas ficaram bem bonitos. Hoje vai levar mais uma passagem para depois o entregar ao Carlos para que trate da parte eléctrica e finalmente o coloquemos no sítio.
Depois???  Vamos tirar  uns dias de descanso… Finalmente!
Bj
Mena e Carlos