terça-feira, 19 de junho de 2012

Viagens

Para variar um bocadinho da recuperação da casa e da horta, vou falar de viagens.
E não estou a falar de ir para o estrangeiro, onde já vivi coisas muito bonitas, mas daquele lema “ir para fora cá dentro”…
Embora nascida na capital, a minha ascendência é Minhota (com muito orgulho!) e o Carlos é Alentejano. Como ele não conhecia a minha família e conhecia mal o Minho, lá fomos uns dias à “aldeia” onde o meu pai nasceu e onde até aos 20 anos de vida, passei férias maravilhosas.
Esta localidade que fica a 10km de Viana do Castelo, é uma vila que cresceu a olhos vistos, onde muitas coisas da minha infância e juventude já não existem. A casa dos meus avós, hoje das minhas tias, também sofreu estas “modernizações” embora nem sempre para melhor… O meu maior desgosto foi terem acabado com as janelas de guilhotina… É o progresso… Também forno de cozer pão já não existe nem a lareira onde se cozinhava. No sítio da masseira existe um lava louça e a “dala”(lava louça de granito) é hoje uma floreira… Enfim, progresso.
Claro que somos muito mimados pelas tias Rosa e Paulina e pela Fátima (prima): ele é pão-de-ló, creme (leite creme…), rojões e vinho verde caseiro. E as saudades? Matamos com muitos abraços…
Mas mesmo depois de tantos anos seguidos a ir a Viana, só agora me apercebo das particularidades desta cidade: para além do rio Lima a seus pés, tem o mar ao lado até perder de vista e o campo logo ali, com as suas aldeias e culturas. É linda esta cidade, provavelmente não tão evoluída como outras da zona minhota, mas bela e poética.



Foi isto mesmo que senti, beleza e poesia, ao subir a Santa Luzia e olhar a paisagem que se oferecia à nossa frente…

Mena e Carlos

Sem comentários:

Enviar um comentário