quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Saga do Telhado

Acabadinha de regressar de “férias” , queria partilhar convosco o que foi este tempo desde a última vez que aqui escrevi.
Costuma dizer-se  que recuperar é pior do que fazer de novo e realmente confirma-se (mas também dá um gozo danado!). Quando se está a fazer de novo, temos o espaço físico todo livre, quando estamos a recuperar, temos que encaixar as nossas ideias e os materiais naquilo que existe. E aí começou o nosso problema…
Estou a falar de recuperar /arranjar o telhado da adega/futura sala: tínhamos estimado que os 15 dias das minhas férias seriam utilizados para essa árdua tarefa e, ingenuamente, eu pensava que nos dois primeiros dias de férias a coisa estava resolvida e os restantes dias seriam utilizados no que ainda falta fazer. Que enganada estava: hoje, e após 2 semanas e um dia de férias gastas, sem pôr um pezinho na praia que fica logo ali, o raio do telhado ainda não está pronto! Chiça, que trabalho difícil e moroso. Houve dias em que, entre o calor, o transportar telhas de um lado para o outro e o joelho do Carlos, só me apetecia partir tudo…

Começa pelo espaço livre: estamos a falar de 60m2 de telhado que tivemos que destelhar e manter em cima da estrutura do telhado. Aquilo é que foi andar com as telhas de um lado para o outro; todos os dias tinha dores na coluna à conta de passear as telhas… Com o esforço, o Carlos conseguiu pôr outra vez o joelho todo inchado, o que foi impeditivo de estar a 100%. Como as dores eram muitas, tinha que fazer paragens várias, aproveitando a hora de mais calor para pôr a perninha em descanso (e dar uns roncos também…). Apesar de, meteorologicamente falando, o Verão não estar a ser o que se esperava, para andar em cima do telhado esteve um calor desgraçado… Posso dizer que à conta disso, e evitando as horas de maior calor, ganhámos um belo bronze: eu  tenho uns maravilhosos calções desenhados nas pernas e o Carlos exibe um bonito “bronzeado à pedreiro “, Eh! Eh! Eh!


Mas, apesar de tudo, julgo que vai ficar muito bom. Nota-se bem a diferença  de temperatura, principalmente na mezaninne, que é a zona mais perto do telhado: o facto de levar forro de madeira, isolamento de roofmate, ondoline e telha, faz toda a diferença. Gastámos quase 35l de produto de tratamento contra para a bicheza da madeira  e ainda falta tratar por dentro, as madres e os barrotes, o que quer dizer que ainda temos muito que gastar em xilophene/cuprinol/etc.






Só que ainda faltam os remates de cimento, as ripas, reparar as caleiras, as telhas... SOCORRO!!!!
Nos tempos “mortos” fomos fazendo outras coisas, nomeadamente tratar a porta da cozinha que infelizmente estava pintada com uma tinta castanha cor de cocó, como diz a Inês (e que infelizmente se repete por vários outros pontos da casa no que toca a madeiras…), mas que por baixo da camada de tinta exibe uma bela madeira com uns lindíssimos nós e que no fim vai ficar lindíssima.



Já começámos também  a substituir o chão da mezaninne… Arrancar o que lá está é que não é fácil… Se não fosse o pé de cabra que o Carlos comprou, a tarefa ia ser ainda mais complicada. Mas os poucos m2 que já colocámos, mostram que foi uma boa opção substituir o chão, porque quando arrancámos as tábuas velhas, verificámos que estavam todas podres, para além de que o chão fica uniforme. Estou deserta de o ver todo colocado…Sim, porque temos muita coisa que pintar e só o vamos fazer após o chão todo posto.

Por falar em pinturas, fiquei  fã da pistola de pintar… O Carlos tinha-me falado insistentemente neste apetrecho mas eu mostrei sempre alguma reserva… Depois de experimentar, não quero outra coisa: aquilo é que foi pistolar em grande. Se vissem a minha figura sentada nas telhas a pintar as paredes; lembrei-me logo da Maria do Carmo a chamar-me de” Gabriela” … Mas na realidade é uma ferramenta que facilita imenso, poupa tempo e tinta. Estou deserta de a usar na frente da casa…



Sou  fascinada em flores em vasos ou canteiros e já comecei a coleccionar, como é meu hábito… Qual não foi o meu espanto, quando fui regar um “brinco de princesa” ,que comprei na feira de S. Pedro em Sintra, e vejo uma rã a “dormir” tranquilamente dentro do vaso à sombra da dita flor… Mais um animal para o jardim zoológico lá de casa…



No passado fim de semana tive os meus meninos,  a Belinha, a Paula e o Kiko a almoçar lá em casa, éramos onze. Como diz um autor de que gosto, “Um almoço nunca é de borla…”, pedi-lhes para trazer a arca enorme (tão grande que me consigo enfiar lá dentro e ainda sobra espaço…) do 1º andar para o rc. Foi uma cegada… Entre puxa daqui, empurra dali, isto não cabe, dá cá a corda, olha o degrau, lá veio a dita definitivamente para a sala, porque, como lhes dizia eu, seguramente a casa não tinha sido feito à volta da arca. Agora “só” falta tratar dela e pô-la bonita… É mais uma tarefa das horas vagas (quais?)…



Agora que já lá moramos, já não fazemos biscates de fim de semana, a coisa transformou-se em “biscatagem  diária”…
Assim sendo, o melhor é ir fazer alguma coisinha…
Beijos
Mena e Carlos

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